04/01/2016 - 09h18min
Há quem não creia mas a poesia, embora não aplaque a fome, pode atuar como um instrumento social para denunciar certas mazelas. Diante de um quadro de desesperança onde políticos e empresários inescrupulosos dilapidam sem piedade o patrimônio nacional fica este poema de fim de ano para a reflexão dos leitores. Feliz 2016!
À moda de Catulo da Paixão Cearense
- à memória de
Gonçalves Dias e ao
personagem Zé Piancó
O melhor governante que teve o Brasil, pessoá
foi lá por volta de 1500, antes do Cabrá
Aquele sim tinha feitio de home
Foi um velho chefe tupinambá...
Que o tempo tratou de esquecer o nome...
Portugueis, espanhol e holandês
E até os corsário francês
Roubaram nossos tesouro, o pau brasil
O ouro e os diamante das Gerais
Surrupiaram inté as pranta, este covil
Imperadores e piratas, tropa bem salafraia
Cada quá robando mais
Tudo gente da mesma laia
Que só viviam de troca-troca
Só atracavam os barco nas praia
E levavam as riqueza pras Oropa
Deixando os nativo com cara de boboca
Depois veio a tal da Repúbrica
que só amealhou a coisa pública
E estes caboco de hoje em dia
Que só fazem vergonha pra Pátria
São todos uns pária diria o Pero Vaz
Dizimaram a Vale do Rio Doce
e de dia assaltaram a Petrobrás
Pegam tudo com se deles fosse
E se o povo não abri os zóio
Depois que levarem todo o petróio
São inté capaiz de roubar este céu de anil
Que ainda protege o nosso Brasil...
Catullo Fernandes
Publicado em 31/12/15.
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