16/11/2020 - 10h18min
Domingo é dia de irmos à zona... eleitoral, lógico.
É chegada a hora de exercer aquela cidadania que a gente enche a boca dizendo que tem, mas tão pouco pratica. Então, antes de digitar (com a caneta) o número do seu candidato a prefeito e a vereador na urna eletrônica, lembre-se do texto abaixo:
Um judeu russo, depois de muito, muito e muito negociar, foi finalmente autorizado a deixar a Rússia e emigrar para Israel. Ao embarcar no aeroporto de Moscou, a alfândega encontra uma imensa estátua de Lenin cuidadosamente embalada junto às suas bagagens. E eis que, naturalmente, o funcionário questiona:
- O que é isso?
E o homem: “Você perguntou o que é isso?!?!?! Pergunta errada, meu camarada. Você deveria ter perguntado: quem é ele? Mas eu respondo mesmo assim: este é o camarada e revolucionário Lênin. Um ícone. O grande homem que lançou as bases do socialismo e criou o futuro e a prosperidade do povo russo. Estou levando comigo como uma memória de nosso querido herói”.
O funcionário da alfândega russa fez ‘cara de paisagem’ e o deixou ir sem outros questionamentos. Voo tranquilo e logo após o pouso no aeroporto de Tel Aviv, o oficial da alfândega israelense faz a mesma pergunta diante da estátua:
- O que é isso?
E ele: “Você perguntou o que é isso?!?!?! Pergunta errada, senhor. Você deveria estar perguntando: quem é ele? Mas eu respondo mesmo assim: este é Lênin, o bastardo comunista hipócrita que fez com que eu, um judeu, deixasse a Rússia profundamente decepcionado. Levo esta estátua comigo para que eu possa amaldiçoá-lo para todo o sempre, durante todos os dias”. O funcionário da alfândega israelense, um tanto quanto constrangido, lhe diz: “Peço-lhe desculpas senhor. Está liberado. Pode ir...”
Instalado em seu novo e espaçoso apartamento de cobertura num bairro nobre de Tel Aviv, de frente para o mar mediterrâneo, ele colocou a enorme estátua sobre uma mesa de centro. Depois de alguns dias, convidou amigos e parentes para um jantar de confraternização. Lá pelas tantas, um de seus convidados vê a estátua e pergunta:
- Quem é este?
E ele responde: “Meu caro amigo, quem é este é uma pergunta errada. Você deveria ter perguntado: O que é isso? Mas eu lhe respondo: são vinte quilos de ouro maciço que consegui trazer comigo da Rússia sem pagar um centavo de taxas alfandegárias, excesso de bagagem ou impostos...”.
A política brasileira tem sido assim desde sempre: você pode falar do mesmo assunto, de diversas maneiras, para enganar diferentes públicos. E isso permite que você transite por todos os ambientes como um bom cidadão, sem levantar qualquer suspeita. Pense nisso antes de apertar a tecla ‘confirma’ nesse domingo. Não se deixe enganar por estátuas.
Coudet, cadê você? Foi para a Espanha deixando o Inter na liderança do Brasileirão? Classificado para a segunda fase da Libertadores? Nas quartas de final da Copa do Brasil? Mas espera aí: não levou o Musto? E o Rodnei? Moisés? Zé Gabriel? Marcos Guilherme? Abel Hernandez? Partiu sem levar suas ovelhinhas?
E Abelão voltou... e já levou um tropeço na chegada. Mas seria imensamente injusto julgar o trabalho de um técnico que, nem sequer sabe o nome de todos os jogadores do seu grupo uma vez que assumiu menos de 24 horas antes de um jogo de mata-mata...
Oremos.
Daniel Andriotti
Publicado em 13/11/20.
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