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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

04/12/2017 - 14h32min

Comportamento

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O Pai Como Piloto

Já faz três anos. Naquele novembro quase findo, era noite, estávamos no avião, atravessando oceano, para merecidas férias. E como de costume, eu não assistia um filme nem lia um livro, pois não consigo fazer nada nesses momentos de ser grandioso pássaro. Olhava o mapa-múndi na pequena telinha acoplada no assento do meu vizinho de frente, onde aparecia nosso meio de transporte atravessando aquelas águas.

Tudo acontecia tranquilamente, parecia que estávamos parados lá em cima. Havia gente andando pelos corredores para esticar as pernas, gente rezando. A maioria, dormindo.

Adormeci, nem me lembro em que momento. Quando despertei, cerca de meia hora mais tarde, estavam quase todos os passageiros acordados. Ainda era madrugada.
Meu marido relatou que eu adormecera, como por encanto, um ou dois minutos antes de uma forte turbulência que deixara muita gente assustada. Como de costume, me disse ele.

E naquela viagem de uma dúzia de horas, assim como em outras que fizemos, o truque de mágica se deu duas ou três vezes. Como se eu fosse tocada por alguma varinha de condão, aquele fenômeno de adormecer de repente, fugindo do temeroso balanço da aeronave, sempre se repetia, me livrando da incômoda sensação de medo.

Eu nunca soube explicar o que acontecia comigo, e ainda acontece, quando estou viajando de avião. Não lembro de ter passado uma única vez por turbulência, mesmo que tenha acontecido muitas vezes, como soube logo que despertei de todos os convenientes cochilos. Até que me mandaram uma mensagem muito legal nessa semana.

Uma menina de dez anos embarcou em um avião para longa viagem a outro continente. Estava sozinha, por isso foi acomodada pela aeromoça.

Lá pelas tantas, depois do aviso do piloto e do pedido para que todos apertassem os cintos, começou uma forte turbulência, que assustou a maioria dos passageiros. Menos a garotinha, que continuava brincando com suas bonecas.

Quando a aeronave estabilizou, a senhora que estava ao seu lado, admirada pela tranquilidade da menina, perguntou se ela não tinha medo de turbulência. Ela respondeu que não ligava. E aquela senhora quis saber por quê. Ouviu como resposta: “O piloto é o meu pai”.

Com essa bonita mensagem, aqueles meus adormeceres providenciais ficaram esclarecidos. É que tenho o hábito de agradecer a Deus por sua proteção cada vez que embarco, assim como faço todas as manhãs e todas as noites. Sempre coloco o Pai como piloto.

Cristina André

[email protected]

Publicado em 2/12/2017.

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