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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

23/01/2017 - 19h34min

Comportamento

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La La Land e a Sessão das Duas

Naqueles dias de assistir videotapes, com televisões sem cores nem controles remotos, o melhor de todos os programas era a “Sessão das Duas”, da TV Gaúcha, canal 12. A gente chegava da escola, almoçava e descansava das tarefas estudantis assistindo filmes famosos que começavam pontualmente às catorze horas – duas da tarde. Com alguns anos de atraso, víamos musicais com Elvis Presley, dramas românticos protagonizados por Marcelo Mastroianni e a bela Sofia Loren, ficção científica com Ursula Andrews, suspense de dar medo dirigido pelo audacioso Alfred Hitchcock. Era meu programa favorito de todas as tardes.

Quando assisti os musicais “Dançando na Chuva”, com Gene Kelly e Jean Hagen, e “A Noviça Rebelde”, estrelado por Julie Andrews, muitos anos depois de terem sido realizados, comecei a entender que o cinema era a melhor das diversões. E que, mais do que isso, a sétima arte dava importantes lições de vida com suas histórias de amor, suas trilhas sonoras a embalar vidas que bem poderiam ser as nossas.

Décadas se passaram, com internet e computadores transformando tudo, e um jovem diretor de cinema, apaixonado por músicas e filmes antigos, chamado Damien Chazelle, criou um novíssimo musical inspirado nas antigas atrações da minha querida Sessão das Duas, que depois virou Sessão da Tarde. E lançou “La La Land”, uma obra de arte cativante para quem um dia foi fã de musicais.

Assistindo “La La Land” no cinema, com as grandiosas interpretações de Ryan Gosling e Emma Stone, e belas melodias que embalam esta história que bem poderia ser a nossa, a emoção tomou conta de mim. Lembrei das tardes em que aprendi a assistir grandes clássicos do cinema, mesmo com anos de atraso, no meu programa favorito, a “Sessão das Duas”, que depois trocou de nome. E chorei de emoção, em pleno filme, pela volta inesperada daquela delicadeza às telas dos cinemas.

Aos que viveram nos dias de videotapes, com televisões sem cores nem controles remotos, que gostavam de assistir a “Sessão das Duas”, como eu, o recado é que não deixem de assistir “La La Land”, um romântico e surpreendente musical que está em cartaz. É uma homenagem a todos nós, pelos musicais que assistíamos naquele programa que preenchia as ingênuas e românticas tardes de outros tempos.

Cristina André

[email protected]

Publicado em 21/1/17.

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