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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

16/01/2017 - 12h11min

Comportamento

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Educação Patrimonial

Na escola que eu queria para crianças e jovens nestes dias de pouco caso ao que um dia aprendi como essencial, a modernidade não ousaria tomar o lugar das boas lições de antes; andariam de mãos dadas, vivências de agora conectadas com o conhecimento aprofundado. Fariam parte das atividades certas boas práticas que se perderam, como as feiras de Ciências, as aulas de Artes, a ginástica e os jogos, as lições de boas maneiras e de respeito às diferenças.

Algumas novidades necessárias entrariam em cena nessa minha escola imaginária, como ensinamentos para a preservação da natureza, alimentação e saúde através de hortas comunitárias, direitos e deveres de todos, cultura da paz por meio da música, aulas de canto e de instrumentos, de dança e tapeçaria.

E haveria, sem sombra de dúvidas, no estabelecimento de ensino que eu imagino adequado e necessário a todos nós, brasileiros, um programa integrado às disciplinas voltado à educação patrimonial. Para estudantes e comunidade escolar em geral conversarem sobre o que é de todos e o equívoco de quem pensa não ser de ninguém, trocarem opiniões a respeito do que é de caráter público, a defesa que se impõe a esse patrimônio criado com a finalidade de ter serventia comum.

Em conversas estudantis bem orientadas, momentos especiais criados para expor problemas causados pelo simples varrer do lixo para o bueiro, impedindo que a água da chuva siga seu curso seguro, resultando em alagamentos e desabrigos. Em reuniões com liberdade de ensinar e aprender, análise de possíveis consequências dos desvios de verbas públicas, da falta de princípios e até de humanidade daqueles que se apropriam de materiais que serviriam para melhorar a vida de tantos adultos e tantas crianças; dos que, sem precisarem, se alimentam do que seria o único alimento de outros, que negociam medicamentos chegados para salvar vidas sem cobranças.

Na escola que eu queria para as nossas crianças e os nossos jovens, haveria espaço para diversas atividades que ficaram no passado, mas também para novas práticas. Nestes dias de pouco caso ao que um dia aprendi como essencial, aulas de educação patrimonial teriam lugar de destaque. Principalmente para esclarecer: o que é público é de todos nós, mesmo que haja pessoas pensando e agindo como se não pertencesse a ninguém.

Cristina André

[email protected]

Publicado em 14/1/17.

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