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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

18/06/2020 - 10h17min

Leandro André

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Eleições em Guaíba

Teremos eleições municipais este ano no Brasil, apesar da pandemia. O TSE e o Congresso debatem sobre a mudança de data; no momento, a mais provável é 15 de novembro.

A novidade relevante nas eleições deste ano é que não será mais possível fazer coligações para a Câmara Municipal. Em Guaíba, o número de cadeiras na Câmara de Vereadores passará de 16 para 17. Com isso, estima-se que para eleger um vereador seja necessário o partido somar cerca de três mil votos.


Para prefeito(a), as coligações continuam válidas e os bastidores fervem, apesar do vírus. Até o momento, há três correntes para disputar a Prefeitura de Guaíba, sem qualquer novidade. Turma carimbada na política local. É provável que surjam candidatos de partidos pequenos, sempre surgem. Mas vamos analisar as correntes que chegaram até este colunista.


O Prefeito Sperotto (PTB) ainda não confirmou oficialmente, mas até as crianças sabem que ele irá tentar a reeleição com sua vice Cleusa Silveira (MDB). Estão correndo contra o relógio para inaugurar a maternidade do tão anunciado Complexo Hospitalar, e pavimentar, com asfalto quente, algumas ruas importantes da Aldeia.


Na oposição, duas correntes tomam corpo: Marcelo Maranata (PDT) de um lado e Cláudia Jardim (DEM) do outro.


O Maranata articula uma coligação consistente e tem a vaga de vice em aberto. O vereador João Collares (PDT) já sinalizou que poderá se candidatar a vice caso a dobradinha amplie as chances de vitória, o que deverá ser medido por meio de pesquisa eleitoral.


Maranata já foi vice-prefeito no primeiro Governo de Henrique Tavares (PTB), e João Collares já foi prefeito de 1993 a 96. Maranata é gestor e evangélico, Collares é médico e político. Até os quero-queros sabem que evangélicos formam correntes políticas fortes e que médicos tem força política extra na Aldeia.


A Cláudia Jardim se lançou pré-candidata a prefeita essa semana, com o veterano Caio Larrea (PSL) de vice.


A Vereadora Claudinha já foi secretária de Meio Ambiente na segunda gestão do Governo de Henrique Tavares e fez parte da coligação que elegeu José Sperotto. Caio Larrea foi vereador em série e, também, foi secretário de Obras do Governo de Nelson Cornetet. Nos últimos anos, esteve afastado de Guaíba.


Quando digo que o quadro político de candidaturas à Prefeitura de Guaíba se apresenta sem novidades até o momento, me refiro aos pré-candidatos que estão na linha de frente. Quem não está na Prefeitura no momento já passou por lá não faz muito.


Diante deste quadro de pré-candidatos conhecidos na política local, fica difícil emplacar um discurso de novidade. Mas nada garante que novidade seja sinônimo de eficiência. O mais importante é conhecer as propostas de cada corrente para administrar a Cidade e se elas são viáveis. Uma coisa é tagarelar, apontar erros e prometer coisas que todos querem ouvir, outra bem diferente é ter a caneta na mão e a responsabilidade de administrar um município como Guaíba.


Temos que ficar atentos, também, sobre o trabalho de cada candidato(a) quando assumiu cargo no Executivo, o que já aconteceu com todos os pré-candidatos que se apresentam até aqui.


Se a oposição ficar gravitando na tese da crítica ácida, sem propostas fundamentadas; nos vídeos dramáticos, com denúncias de última hora; e tagarelando em frente a buracos, vai perder de novo.


Se o Governo insistir com vídeos joinha, forçando a barra do tudo bem, corre o risco de entrar pelo cano. Não está tudo bem. Ao Governo resta mostrar o que fez e o que pretende fazer para concluir um projeto cheio de promessas que iniciou há quatro anos.


A bagaça deverá crescer nas redes sociais, vai ter muita tagarelice; picaretas certificados vão pregar moral de cuecas, receitas milagrosas e ofensas deverão entupir o WhatsApp. Vai ter muito barulho, mas quem vai decidir é a maioria silenciosa, os que observam calados, não se envolvem em brigas de dedo no olho, mas enxergam o que o Município precisa. E dentro das alternativas vai escolher.


Estou registrando o quadro atual e como vejo o que deverá acontecer com informações que tenho neste momento. Política partidária é dinâmica e movida, principalmente, a dinheiro e cargos; pelos “interésses”, como dizia o Brizola. Então, vamos acompanhar. Aqui na Coluna, como sempre (há cerca de 30 anos), vou mostrar a realidade e opinar. Isso pode incomodar alguns, sempre incomoda, mas o que me importa é ser honesto com os meus leitores.



O Presidente Bolsonaro

Bolsonaro sempre disse muita besteira na sua carreira política. Se elegeu dizendo besteiras e continua dizendo besteiras. É um político que se alimenta de intrigas. Portanto, nenhuma novidade em relação ao besteirol. O que está mudando, e é grave, é seu discurso: se une ao Centrão, distribuindo cargos públicos. Prometeu que não faria isso. Mentiu.


E, ainda, não consegue unir o País, como presidente, para enfrentar a pandemia. Pelo contrário, faz lambança sistemática nas redes sociais junto com uma turma que acredita que a Terra é plana. Desrespeita a lei no que se refere ao distanciamento social e ao uso obrigatório de máscara. Minha avó diria que temos dedo podre para escolher presidente.



Fundo Eleitoral Obsceno

Considero obsceno R$ 2 bilhões de dinheiro público para os partidos usarem em campanha política numa hora dessas. Parabéns ao Partido Novo, que abriu mão deste recurso. Ver matéria ao lado.



Leandro André

[email protected]

Publicado em 12/6/20.

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