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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

11/09/2017 - 10h22min

Leandro André

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Por que não funciona

Sempre que existir concorrência desleal, o serviço legalizado terá dificuldades para funcionar; muitas dificuldades. E aí começa a esculhambação.

Como uma empresa que segue todas as exigências legais, que paga todos os impostos e os direitos trabalhistas de seus funcionários, vai se manter no mercado concorrendo com quem atua na informalidade? Como?

A concorrência desleal está presente em praticamente todos os setores da economia no Brasil e é garantida pela classe política viciada em votos. Há caçambas de leis regulamentando tudo o que se mexe, mas a fiscalização é pífia. E assim segue o Brasil, com muitas leis não cumpridas, muita corrupção e muito jogo de cena, como se fosse uma escola de samba brilhando na passarela do faz de conta.

O sujeito pega um transporte informal e vai debater sobre o transporte público cheio da razão. O vereador que defende a multiplicação das isenções de passagens é o mesmo que senta a ripa na empresa de ônibus, sem se importar quem paga a conta. A empresa do transporte, para tentar driblar a concorrência desleal e o sistema viário em frangalhos, adapta horários e rotas. Em Guaíba, coloca os amarelinhos na frente dos ônibus convencionais.

A instituição que vive do recolhimento de impostos não exige as certidões negativas da empresa onde publica seus editais, argumentando que o valor é baixo e a legislação não faz tal exigência. E por aí vai.

Há uns dez anos, o diretor de uma entidade me ligou para contestar um comentário que fiz na Coluna sobre uma publicação que ele tinha feito em um “jornal” informal, que já não existe mais. Ele argumentou, com indignação de ofendido, que o valor do tal anúncio teria custado a metade do preço praticado pela Gazeta, e seguiu pregando o livre mercado com altivez. Disse a ele que iria responder com uma pergunta e aguardaria a resposta por escrito. A pergunta foi a seguinte: - Se eu colocar uma mesinha na Rua São José e prestar o serviço de assessoria na sua atividade profissional, tem algum problema? Estou aguardando a resposta até hoje.

Pregar moral de cueca, julgar em redes sociais, jogar para a torcida em audiências públicas e comer espaguete é moleza, o difícil é fazer a coisa certa e ter coerência.

Sobre o Meio Ambiente

O leitor Édison Ivan dos Reis Leal me escreveu para destacar o bom trabalho do secretário de Meio Ambiente, Selito Carboni. Ele entende que são injustas algumas críticas que fazem ao trabalho do Selito nas redes sociais.

Sobre esta questão, percebo que há um segmento na Aldeia - pequeno, é verdade, que está tratando da questão ambiental como uma seita. Isso é ruim, porque em casos de excessos e de contestações legítimas, com argumentação consistente, há o risco de confusão com fanatismo, o que enfraquece a crítica necessária.

O Secretário Selito está fazendo um trabalho operacional muito bom, com base nos laudos e projetos feitos pelos técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Portanto, se há procedimentos irregulares acontecendo, a culpa é de quem autoriza e do prefeito, não do secretário, como acreditam alguns.

Entendo que o Governo Sperotto acerta em limpar a Aldeia, que estava mergulhada na imundície, mas erra em não nomear um diretor de Licenciamento Ambiental. Enquanto for limpeza e corte de eucalipto comprometido pela ação dos cupins, passa e o povo aplaude, mas na esfera do planejamento e das ações mais complexas para reverter o passivo ambiental, é preciso contar com uma consistente estrutura técnica de Licenciamento. Ratifico o alerta.

Salários Parcelados

O Governo do Estado afirma que não tem dinheiro e paga os servidores em parcelas. Isso gera muitos problemas para as famílias, devido ao endividamento com os atrasos sistemáticos das contas; o sistema financeiro avança sem piedade.

O mau uso do dinheiro público gerou este problema, que vem de longe, sendo empurrado com a barriga pelos sucessivos governantes. Fazem de tudo para se eleger, tudo, depois se revelam picaretas queixa-queixa.

A Resposta do Campeão

O vereador Campeão Vargas foi à tribuna responder o colega Ale Alves, que na semana passada fez críticas a ele por defender o pagamento do 13º salário para os vereadores. Ale ironizou o fato do seu oponente ser suplente. Campeão disse que ninguém estava ali na Câmara se não fossem os votos dos partidos. Ressaltou que Ale desqualifica o trabalho da Câmara, que é vereador de um mandato só, e ainda levantou questões particulares do colega. Clima tenso.

Projeto de recesso engavetado

Há um projeto para reduzir pela metade o recesso parlamentar da Câmara Municipal de Guaíba, que é de três meses (muito tempo). Foi criada uma comissão especial para avaliar o projeto, de autoria do Vereador Campeão, composta pelos vereadores Jonas, Alex e Miguel, mas até agora não andou. Opa!

A Metralhadora do Palocci

O ex-ministro e braço direito de Lula começa a entregar detalhes sobre o sistema de corrupção selvagem dos governos Lula e Dilma. Para quem acreditou no projeto do PT, é um soco no estômago.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 9/9/2017.

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