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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

05/06/2017 - 15h10min

Leandro André

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As Cem Pessoas

Em Guaíba, existe um grupo de 100 pessoas que fazem a comunidade seguir em frente. Cada município tem seu grupo responsável pela cidade seguir em frente, que calculo em 0,1% da população. Eu fiz este estudo considerando meus 30 anos de atuação no jornalismo regional. Minha expectativa é que este número se multiplique.

Meu levantamento está embasado nas pessoas vivas, considerando lideranças que fazem parte das diversas entidades e instituições da sociedade civil. Apenas os indivíduos que se envolvem de verdade nos eventos da Aldeia fazem parte deste grupo. Todas as pessoas são importantes; todas, cada uma no seu quadrado, mas minha tese se refere ao motor social.

Se um avião com os cem integrantes da legião caísse, terminaria Guaíba; a vida humana da Cidade acabaria em menos de cinco anos. As lideranças proativas da Ilha da Feitoria, no meio da Laguna dos Patos, se mudaram para o continente e logo a Ilha se tornou deserta de gente. Hoje, existem apenas dois seres humanos morando lá.

Para que os leitores entendam como cheguei ao número 100, ressalto alguns critérios importantes. Selecionei as pessoas que estão à frente das entidades e instituições, com ações proativas e indispensáveis para a comunidade seguir em frente. Isso retira do contexto os que desempenham suas atividades sem envolvimento coletivo regular. É comum membros do grupo dos 100 desempenharem papéis relevantes em três ou quatro instituições distintas: presidente aqui, vice lá e coordenador acolá. Eles abrem mão de parte do seu tempo com a família para promoverem ações relevantes em diferentes segmentos da sociedade.

Com esforço pessoal e determinação, um legítimo ator social indispensável pensa, organiza, cria, debate, questiona, propõe, ajuda, informa, sofre, vibra, soma, divide, multiplica, carrega, torce, promove, se incomoda, resolve, alegra, alimenta, educa; se interessa: se envolve de corpo e alma com a sua comunidade. Por isso é um ser vital para a sua cidade.

O grupo dos que só reclamam e apontam culpados é bem maior do que o grupo dos 0,1%. No entanto, se um queixa-queixa, discípulo da ladainha e do dedo justiceiro, deixa de existir, sua ausência quase não será notada na aldeia. A comunidade não melhora nem piora com o desaparecimento de um ranzinza, simplesmente segue seu curso. No entanto, quando um membro do grupo do motor social deixa de existir, a máquina sente o baque. Mas o mais importante desta tese é que o grupo dos 0,1% não é fechado, na verdade, sua essência consiste na sua multiplicação.

 

Sobre Presídios

Essa semana, se falou muito em presídio na Região, devido à notícia sobre a possibilidade de que seja construída uma penitenciária federal de segurança máxima em Eldorado do Sul, ali na frente do Instituto Desidério Finamor.

De vez em quando, por estas bandas gaudérias, se comemora o lançamento de uma pedra fundamental no meio do campo ou se enfurece com a notícia da vinda de um presídio.

Uma penitenciária federal de segurança máxima pode até ajudar no desenvolvimento do Município, considerando a geração de empregos e o reforço na segurança pública. Mas, mesmo assim, implantar um presídio no meio urbano deveria ser a última alternativa a ser considerada e não a primeira.

Está correto o prefeito de Eldorado do Sul, Ernani Gonçalves, em oferecer outras áreas alternativas para a construção do presídio, distantes das casas, das escolas e das empresas. Estas áreas nobres, em perímetros urbanos, devem ser destinadas a empreendimentos produtivos, considerando a mobilidade das pessoas e das mercadorias. Isso é bem simples de entender, portanto os governos deveriam ser os primeiros a terem essa compreensão. Se não tiverem, então a sociedade tem de se manifestar com argumentos fortes e não com histeria e preconceito.

 

Sobre Marina e Clube Náutico

Guaíba tem 25 quilômetros de margem; é uma cidade voltada para a água, então tem que ter uma marina e um clube náutico. Assim como tem de ter uma margem bacana, limpa, aprazível para a população desfrutar da natureza. Eu defendo essa tese e por isso implantei o Parque Natural, a Sala Verde, quando diretor do Meio Ambiente. No dia 12 de junho, a Sala Verde, onde a população toma seu chimarrão e se reúne com amigos e familiares, completa 24 anos.

Acontece que quando se trata de áreas especiais como as de margem, por exemplo, é preciso ter cuidados especiais, atendendo a legislação, visando conciliar a preservação ambiental com a possibilidade de as pessoas aproveitarem o ambiente. O maricá é uma árvore importante, pois todas são, mas de que adianta manter os maricás intocados, cercados de lixo, sem que as pessoas possam curtir o ambiente no entorno? De que adianta?

Sendo assim, sou a favor de que se construa uma marina e um clube náutico na Florida, um lugar bonito, que precisa ser revitalizado, e que foi abandonado pelo poder público nos últimos anos, assim como aconteceu na Praia da Alegria. Entretanto, que seja um processo transparente, com respaldo técnico e seguindo a legislação.

Aproveito para criticar o horário da audiência pública para debater sobre o projeto, marcada para o meio da tarde da próxima quarta-feira. Deveria ser à noite, possibilitando a presença de mais interessados.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 3/6/2017.

 

 

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