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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

23/01/2017 - 19h26min

Leandro André

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Sinal de Alerta

Se contabilizarmos o dinheiro gasto nas reformas do prédio da Câmara Municipal de Guaíba nos últimos anos, o montante daria para construir um edifício novo. No entanto, o resultado é um remendão sem acessibilidade, com acampamento de moradores de rua na frente.

Essa semana, a queda da vereadora Fernanda Garcia na escadaria da Câmara trouxe à pauta a negligência que teima em marcar presença naquela Casa Legislativa.

Quem passa em frente ou ingressa no prédio da Câmara Municipal de Guaíba se depara com a essência do relaxamento. Acontece que há mais de ano moradores de rua decidiram fazer da fachada do prédio, sob a marquise, seu quarto de dormir e ponto de encontro. Para isso, providenciaram espumas e cobertas, que ficam enroladas no local junto com outros objetos durante o dia. Como se não bastasse, há lixo espalhado, o local está encardido, exala mau cheiro e o revestimento da parede começa a esfarelar.

Como sou razoavelmente informado, sei que todo cidadão tem o direito de ir e vir livremente e de dormir na rua se quiser. No entanto, ninguém pode acampar onde bem entender e degradar o ambiente que é de todos.

Os moradores de rua são pessoas que precisam de ajuda verdadeira e não de teoria barata. O Município dispõe de um Abrigo para que eles possam tomar banho, fazer uma refeição e passar a noite em uma cama decente. Se não aceitam as regras para frequentar o Abrigo, o que também é um direito deles, tudo bem. Mas é direito da população contar com a conservação dos prédios e espaços públicos mantidos com dinheiro da sociedade.

A preguiça leva à justificativa rasa do “não tem o que fazer”, temperada com um “foi feito tudo o que era possível”, dando rótulo à incompetência.

Eu garanto que não sou um direitão rançoso que prega a prática de enxotar para longe do campo de visão as pessoas miseráveis; pelo contrário, eu acredito que é preciso tratá-las com respeito e oferecer condições para que vivam com dignidade. No entanto, isso não quer dizer que eu tenha de me conformar com a acomodação de quem é remunerado para resolver problemas, mas, ao invés disso, se esconde no bloco fácil da ladainha.

O presidente da Câmara, vereador Renan Pereira, me disse que está trabalhando para instalar um elevador especial a fim de garantir acessibilidade no prédio do Legislativo, considerando que a conclusão da última reforma depende de decisão judicial, sem qualquer estimativa de data. Muito bem, que seja feita a tal obra, mas que haja fiscalização e que atenda rigorosamente à legislação, pois a bagunça na Casa do Povo de Guaíba passou dos limites.

Na Porta da Prefeitura

Em frente ao prédio da Prefeitura de Guaíba não tem acampamento de moradores de rua, mas tem um chafariz abandonado, que, com o passar do tempo, se transformou em “monumento ao relaxamento”. Espera-se a revitalização do espaço, simbolizando uma nova atitude do poder público na Aldeia.

Caso Luciana Kubiaki

A vereadora Luciana Kubiaki, que presidia o PSD de Guaíba, pediu licença temporária para resolver questões particulares, relacionadas com seu envolvimento em suposto desvio de alimentos e produtos da Prefeitura. No seu lugar, assumiu o vice Maximiliano Finkler interinamente. Segundo Finkler, o partido aguarda os resultados das investigações para se manifestar.

Luciana está em licença de saúde na Câmara até o dia 23, em seu lugar assumiu o suplente Florindo Motorista (PSD). Seu retorno ao Legislativo era um mistério até o fechamento desta edição.

Alimento para quem precisa

Em dias de muitas notícias ruins e tristes, a doação ao Projari de alimentos que sobram do Refeitório da Celulose Riograndense coloca luz na sombra. Ver matéria nessa edição.

Outra notícia boa: a CMPC vai ajudar com R$ 20 mil para a recuperação da quadra poliesportiva do Projari, que ficou danificada devido a um temporal que aconteceu no início do mês. Foi um namoro longo, mas a Celulose Riograndese acabou se unindo pra valer com o Projari. Quem ganha com esta união são os jovens da periferia e consequentemente a sociedade de Guaíba.

É preciso investigar o acidente

O ministro do STF, Teori Zavascki, morreu em acidente de avião nessa quinta-feira, 19. Ele era relator da Lava-Jato no Supremo e iria se manifestar sobre as delações premiadas da Odebrecht, envolvendo dezenas de caudilhos da República. Será?

Dança das Cadeiras na Câmara

O suplente Sadi Escouto (PTB) assume o lugar da vereadora Fernanda Garcia, que se acidentou; e Gilsão (PTB), assume no lugar de Everton Gomes, que apresentou atestado para tratamento de saúde. As informações são do presidente da Câmara, vereador Renan Pereira.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 21/1/17.

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