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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

20/04/2015 - 09h43min

Leandro André

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Duplicação não será executada

Eu não queria dar esta notícia. Relutei. Pensei em ser ameno, deixando uma alça de esperança para os leitores se agarrarem, mas não consegui. Tenho obrigação de sempre dizer a verdade, de revelar a realidade, mesmo que esta seja dura. A obra de duplicação da Estrada do Conde não será executada.

A roda esquerda dianteira do carro da Gazeta está bamba, devido ao que restou de pavimento na Estrada do Conde. Acidentes continuam acontecendo, dentaduras trepidam. São onze quilômetros de estradinha de quinta com trânsito de BR. Planeta Extremo na ligação entre Guaíba e Eldorado do Sul.

Na quinta-feira, eu conversei com o prefeito Henrique Tavares e com o diretor de Projetos de Guaíba, Luiz Domingues, sobre a prometida obra de duplicação da Estrada do Conde. Eles tinham acabado de voltar de uma audiência com o ministro Gilberto Kassab, em Brasília. Foram solicitar o repasse dos R$ 40 milhões do PAC da Mobilidade para a obra, anunciados com voz grossa pela Presidenta Dilma. O prefeito piscava dez vezes por segundo, e o Domingues gaguejava.

O projeto de duplicação da nossa viela foi para um porão no Ministério das Cidades. Passou para a terceira posição na relação das prioridades do Governo Federal. Isso é grave, mas piora. Nesta terceira posição ele está num bolo em terceiro lugar. É baga, pé de armário.

Como se não bastasse o projeto sumir na escuridão do Governo Federal, para que seja executado, além de voltar à luz em Brasília, ainda precisa passar pelas mãos de tesoura do Governador Sartori. Isso mesmo. A outra parte do dinheiro para viabilizar o projeto, que virou pé de armário num porão de Brasília, depende de financiamento do Governo Estadual, que está atolado na pindaíba, contando moedas para pagar os salários dos servidores.

Escutei atentamente o relato banhado de esperança dois quilates do prefeito e do Luizinho. Lembrei da Lava-Jato, dos empreiteiros algemados, do queixume colonial do Sartori, do suspense mensal da folha de pagamento e do déficit de R$ 5 bilhões previstos para este ano. Então, olhei direto para os olhos do Henrique Tavares e disse sem rodeios: - Prefeito, tenta arrumar recursos para recapear e sinalizar a Estrada do Conde, porque este projeto de duplicação não vai sair do papel. Liga para o Munhoz e comecem a pensar no plano B.

O prefeito fez cara de choro. O Luizinho tentou reagir, salientou que foram dados oito passos de dez, mas por fim suspirou, emitiu um som abafado e calou, roendo as unhas.

Oposição balança, mas não cai

Na tarde de sábado, dia 11, após ler esta coluna, o prefeito Henrique Tavares me ligou para dizer que ele não chamou o Solidariedade para convidar o partido a fazer parte do Governo. Admitiu a negociação, mas disse que recebeu o Janta, líder estadual da sigla, e uma comitiva, que se colocaram à disposição para integrar a Administração. Entendi.

Na sessão da Câmara, terça-feira, questionei os vereadores André Barbosa e Miguel Crizel, ambos do Solidariedade, a respeito da versão do prefeito. Eles me disseram que não participaram da tal visita do Janta. Despistaram.

Conversei com a presidente da Executiva Municipal do Solidariedade, Ivone Simas. Ela garantiu que a Executiva Municipal também não participou da tal visita em que o partido teria se colocado à disposição do prefeito. Disse que a Executiva se reuniu na segunda-feira, 13, para analisar a proposta do Governo e que a maioria não aceitou nos termos que foi feita. “Somos oposição”, ressaltou a Ivone.

PPS aguarda proposta

O vereador Manoel Eletricista (PPS) confirmou que o partido recebeu convite do Governo Municipal, por meio do secretário do Meio Ambiente, Sérgio Martinez, para conversar sobre uma possível composição, conforme divulguei na edição passada. Essa semana, líderes do PPS se reuniram com Henrique Tavares. Segundo o Vereador Manoel, o prefeito ficou de enviar uma proposta.

O Manoel me disse, piscando muito, que não tem como o PPS fazer parte deste Governo, mas percebi que o vereador continua mexido.

Crítica à CatSul na Câmara

A vereadora Paula Almeida (PROS) quer que a Câmara Municipal de Guaíba promova uma audiência pública para tratar sobre o transporte hidroviário de passageiros. Ela entende que o transporte é importante, mas ressalta que a qualidade do serviço prestado pela Catsul caiu muito nos últimos meses. Ela não está sozinha neste entendimento.

Paula Almeida encaminhou o requerimento da audiência pública via Mesa Diretora, mas foi alertada pela secretária da Mesa, vereadora Cláudia Jardim, também do PROS, que o referido requerimento deve ser encaminhado via Comissão de Justiça e Redação, de acordo com o Regimento Interno da Casa.

Resumo: a proposta está correta, mas entrou de forma errada. Espera-se a correção para a próxima semana. Regras são para serem cumpridas por todos, principalmente pelos legisladores.

Os pré-candidatos. A Série.

Cláudia Jardim (PROS) se elegeu vereadora pelo PP. Reclamou da falta de espaço no partido e mudou para o PROS. Foi secretária Municipal de Meio Ambiente. Tentou, mas a pasta não está entre as top de linha do Governo Henrique. Não conseguiu avançar e desistiu. Foi para a oposição, onde atua com destaque e equilíbrio.

Liderança feminina nova na Aldeia. É pré-candidata a prefeita de Guaíba. Respira política e tem deixado muito marmanjo com as barbas de molho.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 18/4/15.

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