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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

17/03/2014 - 08h56min

Leandro André

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O Telefonema do Prefeito

A Gazeta Centro-Sul é um veículo de comunicação democrático e ético. Isso até as palmeiras da Beira sabem.

Diante das recentes publicações envolvendo o Executivo Municipal de Guaíba, liguei para a Assessoria de Comunicação da Prefeitura e coloquei espaço à disposição do prefeito para o contraponto, como sempre acontece.

O prefeito Henrique Tavares me ligou. Sobre a entrevista que os dirigentes do SPMG concederam à Gazeta (recebi mensagem do Sindicato cumprimentando pela matéria), ele explicou que retirou da Câmara o projeto do vale supermercado. Disse que tinha encaminhado para sessão ordinária, e não extraordinária, para que fosse debatido amplamente, o que manteria as negociações com o Sindicato. Ah! Contou que retomou o diálogo com o SPMG e segue o barco. Muito bem.

A Mágoa do Prefeito

Em meio à conversa sobre a necessidade dos cortes de gastos com salários na Prefeitura para se adequar ao limite prudencial, o prefeito entrou em outra pauta da Gazeta. Disse que a matéria publicada na semana passada sobre o custo da reforma da Praça da Luz fez parecer que houve falha do Governo e desperdício do dinheiro público, e tal. Estava magoado. Chegou a questionar se era válido fazer alguma coisa. “Se não fazemos, somos criticados, e se fazemos, também”, protestou.

O prefeito explicou que obra pública não pode ser comparada com particular, pois é preciso seguir a legislação e fazer licitação. Ressaltou que, em geral, os valores de obras públicas são maiores do que os praticados em obras particulares (infelizmente, isso é uma verdade e acontece em todo o País). Henrique Tavares disse que não concorda com isso, mas como gestor público precisa seguir a legislação. E finalizou explicando que a reforma do campo de futebol, que custou mais de R$ 160 mil, não foi apenas para a colocação de goleiras e grades, foi feito um trabalho de drenagem.

Contraponto Sobre a Mágoa

Entendi a chateação do prefeito com a matéria da Gazeta apresentando os custos da revitalização da Praça da Luz, e com as opiniões a respeito dos custos e da qualidade do serviço. É ruim transformar um espaço público degradado em um centro de lazer, conforme aconteceu, e ainda ser questionado por isso. Se a Gazeta fosse uma publicação da Prefeitura, certamente não haveria qualquer questionamento de custos e de qualidade do serviço; mas não é.

O que aconteceu neste caso foi o seguinte: a Gazeta recebeu um texto do Governo sobre a obra de revitalização, com o custo total da mesma. Todos os passos da reforma foram acompanhados ao longo do tempo pelo Jornal. A reinauguração foi destaque, com chamada de capa.

O editor de Esportes da Gazeta, jornalista Fábio Araujo, entendeu que o custo da obra foi elevado e solicitou informações detalhadas: valores e o que foi feito em cada espaço (temos o e-mail registrado). Duas semanas mais tarde, o jornalista recebeu os valores detalhados, sem as informações sobre o que foi feito em cada espaço e sem uma orientação da Assessoria de Comunicação sobre quem poderia fornecer as informações. Com isso, a matéria foi publicada. O Fábio Araujo achou caro, eu achei caro, muitos acharam caro. Até o prefeito admitiu que o valor foi elevado, mas justificou depois (ver texto acima), coisa que a Assessoria de Comunicação deveria ter feito antes, quando solicitado.

A Praça da Luz ficou bacana, principalmente se comparada com o estado em que se encontrava. No entanto, nós entendemos que foi uma obra cara, principalmente ao analisarmos a qualidade do serviço executado em diversos pontos, como pista atlética e pracinha, por exemplo.

A mesma situação aconteceu na Praça da Bandeira. Foi uma obra importante. Fui um dos únicos a defender publicamente as instalações do novo Mercado Popular de Compras, quando a maioria chamava de barracão e de forno humano. Acontece que a reforma da Praça levou o dobro de tempo para ter a primeira etapa finalizada, e a conclusão só aconteceu porque a Prefeitura fez coisas que deveriam ter sido feitas pela empresa contratada. Apontamos e criticamos isso, mas também valorizamos o resultado.

O prefeito sempre teve bom relacionamento com a Imprensa e sempre recebeu bem a crítica. Mas diante deste caso de questionamento dos custos da Praça da Luz, ele mudou. Chegou a sugerir a possibilidade de “má fé” do nosso colunista Fábio Araujo, o que repudio. Antes de falar em má fé, o prefeito deveria avaliar melhor o trabalho da sua Assessoria de Comunicação. Quando este setor funciona, não há espaço para lambanças e ofensas, há respostas; simplesmente respostas completas e esclarecedoras, em respeito ao interesse público. É a minha opinião.

A crítica ao setor de Comunicação não é generalizada. Quero destacar o bom trabalho do Ricardo Sundin (Gabinete) e da Fernanda Orestes, profissionais da Aldeia que fazem um bom trabalho, sempre preocupados em esclarecer as dúvidas, informar e atender com respeito à Imprensa.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 15/3/14.

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