10/03/2014 - 09h14min
Na semana passada, o prefeito de Guaíba chamou a Imprensa para anunciar medidas de redução de gastos com pessoal, visando se adequar ao limite prudencial, que é o percentual máximo permitido por lei para aplicar na folha de pagamento dos servidores.
O prefeito explicou, justificou as medidas a serem tomadas e apresentou números. Fez o que lhe compete como gestor. Até aí, muito bem. A Gazeta deu ampla divulgação para o chefe do Executivo Municipal, considerando a importância do tema.
Essa semana, recebemos, na Redação do Jornal, os dirigentes do SPMG, que se manifestaram a respeito das medidas do prefeito. E o mais importante do que foi dito está registrado em matéria nesta edição.
Diante dos argumentos de ambos os lados, eu preciso me manifestar, pois meu trabalho aqui neste espaço é opinar.
O prefeito tem que agir, não resta a menor dúvida. Mas pelo que os sindicalistas Sérgio Buttes e Márcia Rejane Silva disseram, Henrique Tavares pisou na bola, interrompendo o processo de negociação, que tinha só começado. Se houve o encontro de apresentação de pauta no dia 26 de fevereiro, ficando pré-agendada uma nova reunião para a segunda quinzena de março, e o prefeito mandou os projetos para a Câmara no dia 27 (um dia depois), então houve quebra de acordo e, consequentemente, de confiança. Isso é muito ruim, porque ninguém gosta de ser enganado. Antes de enviar os projetos para a Câmara, o prefeito tinha que ter avisado o Sindicato, independente da sua decisão. Henrique Tavares sempre agiu assim com a categoria. Acredito que essa pisada na bola foi consequência de mau assessoramento.
Eu percebi decepção profunda dos sindicalistas; eles estão feridos e com razão.
Outra questão importante e difícil de entender é o corte do vale supermercado, o tal Refeisul. De acordo com o SPMG, o gasto não entra no cálculo do limite prudencial e a economia é irrisória, se comparada com a receita. Então, por que podar o benefício?
Sempre que o tema do corte de gastos aparece na Prefeitura de Guaíba, vem a proposta de cortar o vale supermercado. Mas que implicância com o vale!
Os professores estão lá na sala de aula, trabalhando duro e, de repente, são comunicados de que querem cortar o Refeisul, como se o tal vale fosse o culpado pela pindaíba governamental.
Se tudo é descontado por matrícula, então nada mais justo de que os benefícios sejam também por matrícula. E se não afeta o limite prudencial, por que mexer nisso?
A decisão do prefeito de encaminhar os projetos para a Câmara levou o Sindicato a questionar forte a gestão do Governo. Estão questionando a receita real e o “terrorismo” com as projeções; o quadro de CCs; os contratos de prestação de serviços; o número de servidores na Secretaria de Educação fora da sala de aula; a quantidade de secretarias e diretorias, que até o momento se mantém; e até os índices de crescimento vegetativo da folha, apresentados na semana passada.
Na terça-feira, 11, haverá reunião com os representantes de escolas na sede do SPMG. E tudo indica que será um encontro dramático.
O líder do Governo na Câmara, Vereador Chacrinha, está preocupado e articula ação nos bastidores para aliviar a tensão.
Volta Musquita!
A Tia Alaíde me ligou tarde da noite, na quinta-feira, para dizer que começa a se criar uma campanha para a volta da ex-secretária de Educação Maria Neuza, a Musquita. A campanha “Volta Musquita!” está crescendo, disse a minha parenta. Forte, essa.
Ataque e Crescimento
De vez em quando, somos atacados aqui na Gazeta, muitas vezes no anonimato. Provavelmente nosso trabalho está incomodando alguns grupos. No dia 1º de março, invadiram o nosso site. E o incrível de tudo isso é que cada vez que somos atacados crescemos e nos fortalecemos mais um pouco.
Nos últimos anos, decidimos não deixar passar mais nada em branco. Sempre que atacados de forma covarde e injusta, utilizamos os meios legais para denunciar e buscar reparação pelos danos sofridos. E seguimos em frente.
CT da França na Cohab
Ao analisar os números de gastos com a reforma da Praça da Luz, observei que somente um dos campos de futebol custou mais de R$ 160 mil (ver matéria nesta edição). Então cheguei a conclusão de que o complexo esportivo localizado na Cohab pode perfeitamente servir como Centro de Treinamento (CT) da Seleção da França durante a Copa. Poderia se chamar o “Le Centre Coabê”, que tal?
Leandro André
Publicado em 8/3/14.
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