18/01/2021 - 21h22min
Em Guaíba, o sistema de transporte coletivo foi regularizado, em 2015, pela primeira vez na história do Município. A partir de um processo licitatório complexo, foram introduzidos veículos zero km com acessibilidade. No entanto, o serviço não aconteceu de acordo com as expectativas.
O setor do transporte público no Brasil enfrenta a maior crise da história. A situação se agrava a cada ano em decorrência da inclusão dos serviços por aplicativos e os alternativos.
A empresa Expresso Assur, que venceu a licitação e detém a concessão do serviço em Guaíba, tem argumentado que o número elevado de isenções, somado ao transporte irregular, sem a devida fiscalização da Prefeitura, e os serviços por aplicativos estão dificultando a atividade regular.
Altevrnativas para manter o serviço têm sido testadas na Cidade, como a suspensão do transbordo e a mudança da frota, utilizando veículos menores e mais antigos, conforme a Gazeta Centro-Sul tem divulgado. Apesar das medidas adotadas, a sustentabilidade parece comprometida.
A crise econômica aumentou o desemprego e a pandemia da Covid-19 agravou sobremaneira o que já estava ruim. De acordo com dados da Prefeitura de Guaíba (2020), antes da pandemia, havia cerca de 22.000 passageiros por dia utilizando o transporte coletivo, sendo que o número chegou a cair para quatro mil.
Essa semana, os funcionários da Expresso Assur paralisaram para reivindicar o pagamento do 13º salário e o vale-refeição. Há algum tempo eles vêm recebendo os salários parcelados.
Enquanto soluções definitivas não são encontradas e colocadas em prática, seguem as medidas paliativas, e quem sofre as consequências negativas são os passageiros, que pagam a tarifa e precisam do serviço, e os trabalhadores da empresa.
A Gazeta Centro-Sul segue acompanhando os desdobramentos desta importante questão para a sociedade.
Publicado em 15/1/21.
Institucional | Links | Assine | Anuncie | Fale Conosco
Copyright © 2024 Gazeta Centro-Sul - Todos os direitos reservados