14/02/2020 - 17h26min
Muito se fala dos problemas do sistema educacional no Brasil, considerando os péssimos resultados, comparando com outros países. Os números e os conceitos são distintos, dependendo do observador e de sua ideologia. No entanto, o baixo nível do ensino das escolas públicas, de um modo geral, é incontestável; são raras as exceções. A causa deste quadro negativo, que vem de longe, não pode ser atribuída somente à questão financeira, o problema é mais complexo.
O Governo Federal investe cerca de R$ 62 bilhões do Orçamento anual na Educação. Este montante indica que o fracasso do setor nas últimas décadas está relacionado com má gestão.
Programas nacionais têm se revelado verdadeiros fracassos, como o ProInfância, por exemplo. Na teoria, o repasse financeiro aos municípios seria para construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da Educação Infantil em todo o País. O objetivo era garantir o acesso de crianças a creches e escolas públicas, especialmente em regiões metropolitanas, onde são registrados os maiores índices de população nesta faixa etária, mas não funcionou. A burocracia e a abrangência do processo único de licitação em um País continental resultaram em dezenas de obras paradas, que se deterioram com o tempo, num espetáculo deprimente de desperdício do dinheiro público.
Enquanto o Brasil mantiver este sistema de gestão centralizador, burocrático e de fiscalização pífia, que resulta em volumosos desvios de dinheiro público, os resultados da Educação continuarão entre os piores do Mundo. Somado a isso, observa-se a ideologização emperrando ainda mais a máquina.
Publicado em 15/2/20.
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