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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

26/06/2017 - 10h35min

Editorial

Obras Públicas

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Em geral, as obras públicas no Brasil são caras, malfeitas e se arrastam, quando não são paralisadas no meio. Os exemplos negativos são muitos e estão espalhados pelo País há muitos anos. Isso acontece porque a corrupção avança, utilizando as brechas dos processos de licitações.

Em Guaíba, obras executadas pelos governos Federal e Estadual, em parceria com o Município, integram este quadro nacional de desperdício de dinheiro público. Há também os projetos anunciados por políticos, reiteradas vezes, que não saem do papel, como a duplicação da Estrada do Conde e a Zona Mista Industrial, por exemplo.

As construções paralisadas ou que avançam de forma lenta prejudicam sobremaneira a população, que precisa de creches, de atendimento de Saúde, de esgoto tratado, de mobilidade urbana, de moradias e de empregos.

A sociedade brasileira paga elevada carga tributária, mas os serviços públicos são deficitários, e as obras, em geral, superfaturadas. As benfeitorias anunciadas em eventos festivos, dramatizadas por discursos políticos demagógicos, esbarram numa realidade grotesca, com processos licitatórios falhos e fiscalização pífia durante a execução dos projetos.

Das cinco creches anunciadas em Guaíba no ano de 2011, com recursos federais, apenas uma foi concluída quatro anos mais tarde. As demais construções se arrastam, com períodos de paralisações. A implantação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) parou. O sistema de tratamento de esgoto não entra em operação.

A degradação do sistema viário e as constantes operações tapa-buracos refletem a cultura do malfeito, do desleixo e do desperdício do dinheiro público que se espalhou pelos municípios brasileiros. O fato de chover é citado como causa do problema sem o menor constrangimento, servindo de cortina para tentar esconder o real motivo do asfalto esfarelar com tanta facilidade.

É necessário que os órgãos competentes realizem uma revisão profunda nas regras das licitações, pois, se o sistema continuar como está, o dinheiro público oriundo do trabalho dos brasileiros seguirá escorrendo pelo ralo.

Publicado em 24/6/2017.


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