03/09/2018 - 15h00min
O horário político deveria ser um espaço nobre da democracia. Infelizmente, grande parte dos candidatos desrespeitam os eleitores mentindo descaradamente, prometendo o que não podem cumprir por, simplesmente, não ser da competência do cargo que está concorrendo. Às vezes, por pura ignorância política. Tem, também, os que aplicam o “Conto do Vigário”.
Na atual conjuntura, o que podemos fazer é uma triagem nos candidatos, procurando identificar aqueles discursos que não passam de promessas e que são apenas “palavras bonitas”, soltas ao vento para capturar votos. Temos que separar o “joio do trigo”. Não votando nos candidatos que mentem ou que não sabem o que dizem ou fazem, já é um bom começo.
Para o aprimoramento da democracia brasileira, teríamos que aperfeiçoar o processo eleitoral, viabilizando “fóruns” onde os políticos seriam obrigados a debater suas propostas de gestão, de forma séria e com argumentações claras e objetivas. Ah... O povo teria que fazer sua parte participando desses embates, questionando os candidatos, procurando conhecer suas histórias, suas atuações políticas e ideias. Esse seria um caminho mais rápido e eficiente para ter uma real e eficaz cidadania crítica.
É fundamental entender que no processo democrático há uma diversidade de pensamentos e de conjugações de forças sociais através dos partidos políticos. Certamente, estão impregnados por ideologias. Isso não é problema! É coerência! Para definir nosso voto, deveríamos identificar as propostas dos candidatos e se há sintonia com o que desejamos para nossa nação. Eu procuro candidatos nos projetos que buscam desenvolvimento com justiça social para todos, acreditando que esse é o caminho da paz!
Trago outro ponto importante para debate: não há controle sobre o que é prometido nas campanhas políticas e o que é efetivamente realizado quando o candidato se elege. Li sobre uma proposta de criação de uma central de registro de promessas eleitorais. Um espaço online onde seriam postadas todas as promessas eleitorais. Interessante! A análise crítica dessas informações teria um efeito de aprimoramento nas políticas públicas, tanto pela participação cidadã, como pelo processo educativo e de aprendizado coletivo.
Nesse processo, caberia uma análise do prometido, do executado, dos resultados atingidos, do que não foi realizado e os seus “porquês”. Ao formular e aprofundar essas questões, procurando entender as razões de sucesso ou fracasso, teríamos uma excelente oportunidade de agregar segurança e credibilidade à gestão pública e resgatar a imagem da política nacional. Acredito que, nesse contexto, “O Vigário” não conseguiria enganar ninguém!
“Somente a liberdade que se submete à verdade conduz a pessoa humana a seu verdadeiro bem. O bem da pessoa consiste em estar na verdade e em realizar a verdade.” (Karol Józef Wojtyla – Papa João Paulo II).
Túlio Carvalho
Publicado em 1/9/2018.
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