Gazeta Centro-Sul

Contato: (51) 3055.1764 e (51) 3055.1321  |  Redes Sociais:

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

06/08/2018 - 16h41min

Perspectiva

Compartilhar no Facebook

enviar email

“Tirem as crianças da sala!” O horário político vai começar.

Em Perspectiva de julho, foi aberto o debate sobre as eleições 2018, abordando a falácia do voto nulo. Em sequência a essa proposta de pauta, trago um pressuposto: não é preciso ser visionário para prever as barbáries que vão dominar o horário político. É fácil antecipar o que vai acontecer! Com certeza, será recomendável tirar as crianças da sala, pois as baixarias que vão rolar na “telinha” serão prejudiciais à formação e à civilidade desses futuros cidadãos. Entretanto, nós, responsáveis por esse caos político reinante, temos que encarar essa bagunça, observar e pensar bem sobre em quem votar.

Nessa eleição, tudo indica que veremos poucas propostas de programas de governo. Seremos bombardeados pela “lama” onde estão atolados boa parte dos políticos brasileiros. Vai ser um desfile de denúncias de safadezas. Entretanto, temos que ter em mente que há políticos honestos e comprometidos com a sociedade. Faz-se necessário separar o “joio do trigo”!

Os planos de governo, que fazem parte do registro das candidaturas, deveriam ser uma forma de conhecer o candidato e suas ideias. A obrigação de declará-los surgiu em 2009, quando da reforma eleitoral, sob o argumento de que ajudaria os eleitores trazendo informações dos projetos políticos. Entretanto, esses planos exigidos pela legislação eleitoral, infelizmente, são superficiais e não trazem detalhes das intenções dos partidos e dos postulantes aos cargos eletivos, já que não há regras determinadas para esse documento. De modo geral, são burocráticos, genéricos e pouco elucidativos. É uma norma que precisa ser revista, estabelecendo critérios precisos.

As últimas “promessas” registradas pelos três candidatos principais à presidência, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos, por exemplo, não apresentaram metas. Além disso, os objetivos foram descritos de maneira imprecisa. José Serra, quando candidato, protocolou um discurso como programa. São informações que podem ser obtidas no site do Tribunal Superior Eleitoral. É interessante acessar e ver essas peças de ficção. Fascinante!

Para as eleições de outubro, os partidos políticos têm até 15 de agosto para registrar as candidaturas de seus representantes e, com elas, os postulantes a presidente e a governador, precisam incluir, entre os documentos, um plano de governo. Os candidatos não são obrigados a centrar sua campanha nas propostas apresentadas, mas, como esses textos refletem a essência daquilo que os políticos se propõem, retratando as ideias de gestão para a sua administração, deveriam ser a peça fundamental dos debates.

Meu sonho de consumo é ver os eleitores escolhendo seu representante com base na sua história e no que ele se propõe fazer. Sim... Eu sei! É uma utopia! Seria maravilhoso ter o povo votando com conhecimento e convicção. A participação cidadã é essencial para o resgate da ética e da moral na política nacional. O exercício de uma cidadania crítica e participativa, certamente, fará a diferença e mudará o Brasil. Faça a sua parte!

“Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam”. (PLATÃO)

Túlio Carvalho

[email protected]

Publicado em 4/8/2018.

Últimas Notícias

Este site da Gazeta Centro-Sul s
Ler mais

Aulas Presenciais em Guaíba
Ler mais

Monumento Farroupilha
Ler mais

Publicidade

Institucional | Links | Assine | Anuncie | Fale Conosco

Copyright © 2024 Gazeta Centro-Sul - Todos os direitos reservados