07/05/2018 - 15h19min
As surpresas da vida são muitas. As lições também! Nesse mês de abril passado, tive uma aula inesquecível, onde preconceitos foram derrubados. Sim!... Também tenho preconceitos e defeitos. Às vezes até intolerância! Mas nada como o “tempo” para nos ensinar como enfrentar situações conflitantes e como respeitar as diferenças. A “Professora Vida” nos mostra isso!
Um encontro casual de colegas, que cursaram o Grupo Escolar Gomes Jardim e o Ginásio Estadual Cônego Scherer, detonou uma mobilização que culminou numa bela festa de confraternização no Sítio do Petim. O ponto inicial de prospecção foi o convite de formatura do Ginásio da turma de 1967.
A internet trouxe uma comunicação em escala global, quebrou as fronteiras do espaço, provocando uma mudança no modo de nos relacionarmos. Usando essa moderna ferramenta para divulgar e encontrar os ex-colegas, tivemos um bom engajamento, envolvendo inclusive alguns que se transferiram para longe e não tinham mais contato com a “terra farroupilha”.
Durante o período inicial de mobilização, observando os bate-papos via WhatsApp, comecei a perceber que muita coisa tinha mudado. Uma questão se impôs: Será que não iríamos nos decepcionar com o que nos tornamos?! Será que as divergências não abririam um abismo entre nós?!
À medida que crescia a participação no grupo, identificava mais diferenças entre essas pessoas que não se viam desde a infância ou juventude. Começaram a aparecer algumas manifestações ideológicas antagônicas, aumentando meu temor com nosso “Encontro Marcado”.
Entretanto, apesar do início turbulento, aos poucos, a “democracia” começou a impor a vontade da maioria, que era curtir esse momento e redescobrir amigos de escola. Assim que os participantes foram entendendo o que estava acontecendo, esse canal de comunicação se tornou um “fórum” de reencontros e declarações de amizades e amor. Fotos da época de escola, de personagens importantes da nossa história, comentários sobre as artes e as proezas aprontadas pela gurizada medonha, enfim, um período da nossa vida sendo “passado a limpo”. Diria que foram momentos de cumplicidade!
Dizimada a preocupação, curti o 1º encontro dos colegas com abraços, recordações, surpresas carinhosas, camisetas, bonés e fotos com o globo e mapa mundi. Ficou claro que podemos convergir nas divergências, basta acharmos o “denominador comum”. O fator agregador foi a amizade que sobreviveu ao tempo e às distâncias. É verdade que imergiram as diferenças, mas também, que superamos e chegamos até a nos divertir com elas!
Saboreando o sucesso do nosso evento, percebi que as divergências e a intolerância foram expulsas da “sala de aula”. Convergimos no essencial que foi entender e aceitar as diferenças. Somos produto de uma bela história!
“Sou um pouco de todos que conheci, um pouco dos lugares que fui, um pouco das saudades que deixei e sou muito das coisas que gostei.” (Antoine de Saint-Exupéry).
Túlio Carvalho
Publicado em 5/5/2018.
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