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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

28/01/2020 - 09h33min

Entrevista com o prefeito de Guaíba, José Sperotto

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A Gazeta Centro-Sul entrevistou o prefeito de Guaíba, José Sperotto, questionando sobre temas abordados pelos leitores.

Gazeta - Quais as principais ações que o senhor promete para 2020?

Prefeito - Não sou de prometer nada. Nós temos um planejamento, e vamos cumprir neste ano. Posso separar as ações de 2020 em duas grandes áreas: saúde e obras. A abertura do hospital-maternidade será um marco histórico para Guaíba e Região. Além do hospital, 5 postos de saúde serão reformados e as equipes médicas serão reforçadas.

Sobre obras, vamos investir pelo menos R$ 17 milhões em asfalto, com duas obras estruturantes. Dezenas de ruas receberão asfalto de qualidade. A nossa malha viária está velha, tem mais de 20 anos. É claro que não é possível asfaltar todo o Município, mas as vias mais movimentadas e povoadas terão prioridade.

Teremos ainda neste ano a reforma do Ginásio Coelhão e a construção de dois ginásios (nas zonas Sul e Norte), que serão usados para as práticas esportivas e culturais.



Gazeta - Por que as principais ações do Governo ficaram para o último ano de gestão?

Prefeito - A cada anúncio que temos feito, alguém sempre diz: “É ano eleitoral, agora a Prefeitura quer mostrar serviço”. Eu queria ter feito tudo isso quando entrei na Prefeitura, em 2017. Mas era impossível. Dois exemplos: o hospital, se fosse fácil, alguém já teria aberto nesses últimos 20 anos. Para as obras de infraestrutura, de asfalto, não havia dinheiro e a Prefeitura tinha nota C no Sistema Financeiro Nacional. A partir desse quadro, fizemos lá em 2017 um trabalho forte de gestão para colocar as contas da Prefeitura em dia. Em 2019, a nossa nota subiu para A. Com isso, os bancos passaram a nos oferecer financiamentos com juros extremamente baixos. Então, com esse crédito a gente poderá só agora fazer os investimentos.

Gazeta - Por que é tão difícil a Prefeitura fiscalizar as calçadas, as obras da Corsan e os serviços da CEEE?

Prefeito - A gente fiscaliza, e posso garantir que incomodamos bastante esses órgãos do Governo do Estado. Mas o melhor fiscal ainda é a população. A Prefeitura não consegue estar em todos os cantos. Já fiz diversas reuniões com as diretorias das estatais para cobrar mais qualidade na execução dos serviços. Claro que não conseguimos controlar tudo, mas também não podemos agir como se essas empresas fossem inimigas de Guaíba. A Corsan, por exemplo, abre um buraco para arrumar a tubulação, para trazer mais qualidade de vida às pessoas, e o forte dela não é asfaltar. A expertise dela está em colocar canos, em levar água, em tratar esgoto. A gente fiscaliza, mas, realmente, não é fácil.

Gazeta - A comunidade do entorno do Arroio Passo Fundo pode ter esperança de ações da Prefeitura para reduzir a poluição no local?

Prefeito - Passamos trinta anos de costas para o Arroio Passo Fundo. A poluição não tomou conta nos últimos três anos, isso vem piorando ano a ano. São seis bairros jogando o esgoto direto no Arroio. Mas posso manter a esperança, sim, da população. A PPP da Corsan vai justamente atacar esse problema. O esgoto será tratado e não mais despejado da forma que é feita hoje. O único pedido que fiz a Corsan foi para que a obra tenha início pela Região do Arroio Passo Fundo.

Gazeta - Qual o ponto alto a destacar no seu Governo?

Prefeito - A gestão administrativa de um modo geral. Estamos fazendo um trabalho de fôlego. Iniciamos cortando gastos, simplificando processos e usamos a criatividade para driblar a crise que atingiu todo o País. Agora a economia num todo voltou a se mexer e Guaíba está pronta para aproveitar esse momento. A gente soube fazer gestão quando o momento era desesperador para muitos gestores municipais.

Gazeta - Qual o maior problema de seu Governo?

Prefeito – É o problema de praticamente todos: a falta de dinheiro. Sem o recurso financeiro, não se consegue ir muito longe. A criatividade ajuda por um determinado tempo, mas o investimento pesado e de qualidade é preciso ter dinheiro.

Gazeta - O senhor vai se candidatar à reeleição?

Prefeito - Ainda é cedo para falar sobre isso. É preciso ouvir as pessoas para decidir, não decido sozinho. O nosso grupo político e de articulação precisa entender que sou ou não a melhor alternativa. No fim das contas, a população também é quem define os seus candidatos.

Gazeta - Como o senhor avalia o trabalho da sua vice, Cleusa Silveira?

Prefeito - É uma ótima parceira; totalmente alinhada com o trabalho de Governo. Divide comigo a responsabilidade de atender pessoalmente e diariamente a população que nos procura. A Cleusa e eu trabalhamos juntos, trocamos experiências e sabemos nos ouvir.



Gazeta - Como o senhor avalia a oposição ao seu Governo?

Prefeito - A oposição faz parte do processo democrático. Entendo que tenho um planejamento e sigo ele independente de qualquer outra coisa. Gosto de ouvir a oposição quando apresenta uma sugestão para melhorar o nosso Município; a crítica vazia não agrega em nada.


Foto: LA/Gazeta

Publicado em 18/1/20.


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