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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

10/09/2018 - 14h35min

Grupo mobilizado para reduzir o entorno do Sítio Histórico

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Um grupo de empresários e moradores de Guaíba, a maioria do Centro, está mobilizado para reduzir o entorno do Sítio Histórico, que é considerado excessivamente amplo e restritivo. Os defensores do ajuste consideram que a demarcação está inviabilizando o desenvolvimento de uma área nobre da Cidade. Os argumentos do grupo foram passados aos vereadores de Guaíba em uma reunião que aconteceu na Câmara Municipal (foto) na tarde de terça-feira, 4.

Vera Tejada, que está coordenando o Movimento, e o arquiteto Marcelo Pretucci realizaram a apresentação dos motivos que sustentam a luta pela redução do entorno do Sítio Histórico.

Atualmente, em um raio de 400 metros, a partir da Casa de Gomes Jardim, as edificações não podem ultrapassar dois e três pavimentos, dependendo da localização do terreno. De acordo com Vera, a demarcação foi feita com base no trabalho de conclusão do curso de Arquitetura de uma estudante da Universidade de Caxias do Sul. O referido TCC foi aceito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), sem que a comunidade atingida, no caso os moradores das proximidades, tenha sido ouvida, o que seria ilegal.

Marcelo Petrucci ressaltou a importância do tombamento da Casa de Gomes Jardim no contexto histórico e turístico, mas explicou que o entorno definido no ano de 2000 não está de acordo com a realidade da Cidade hoje. “Estamos propondo a revisão do regime urbanístico”, observou o arquiteto, ressaltando que não estão defendendo a construção de espigões próximo ao imóvel tombado.

Alguns vereadores presentes se manifestaram, concordando que existe um exagero na demarcação do entorno. Foi feito referência ao prédio do antigo Hospital Livramento, que está abandonado e não aparece comprador interessado devido às restrições legais para reformar o imóvel ou construir novo prédio no terreno.

O vereador Juliano Ferreira destacou que é preciso garantir que não sejam construídos prédios muito altos no entorno para não descaracterizar o bem tombado, no caso, a Casa de Gomes Jardim.

Ações da Comunidade

Vera Tejada explicou que o primeiro passo foi reunir as pessoas que não concordam com as restrições impostas sem que a comunidade atingida tivesse sido ouvida e dividir este entendimento com as lideranças locais. Ela ressaltou que a reunião com os vereadores e membros do Executivo teve este propósito.

O segundo passo anunciado é ampliar a discussão, com propostas de mudanças, embasadas em estudos técnicos, para encaminhar ao governador do Estado a fim de que este acione o Iphae.


Um abaixo-assinado reivindicando o ajuste do entorno do Sítio Histórico começou a circular pela Cidade. O documento deverá ser entregue ao governador junto com a solicitação de adequação.

O que diz o Município

O secretário Municipal de Planejamento Urbano, Jefferson Santos, presente na reunião com os vereadores, explicou que o Plano Diretor está sendo revisado, o que poderá definir novos índices para a região central da Cidade. Ele destacou que o Município não concorda com a construção de torres no Centro Histórico, considerando que a área não tem estrutura para suportar prédios muito altos, mas entende ser justo o movimento que pede mudanças com base nos argumentos citados.

O tema é polêmico e a Gazeta Centro-Sul continuará acompanhando os desdobramentos do Movimento, dando voz, também, a todas as pessoas e entidades que se interessarem pela questão em pauta.



Foto: LA/Gazeta

Publicado em 7/9/2018.


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