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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

05/10/2020 - 09h41min

Perspectiva

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“Cordão carnavalesco Unidos do Negacionismo”

As comemorações dos 70 anos da TV no Brasil me impuseram reflexões sobre a vida, pois nascemos no mesmo ano. Aos poucos, saltavam lembranças do fundo do baú. Um fato se destacou: Desde criança, eu já gostava de acompanhar noticiários e “ler” as entrelinhas da comunicação no rádio, na TV e nos jornais. Estava sempre ligado nas notícias. Traçava tudo! Com o meu pai, ouvia o Pinguinho e o Walter Broda, a dupla do programa “A Banca do Sapateiro”. Não perdia as transmissões do Brizola nos “Porões da Legalidade”. Ficava fascinado ouvindo. Está vivo na minha memória! São inesquecíveis.

Com a retrospectiva do Repórter Esso, tive uma “clarividência” da minha intimidade com a informação. Robustas lembranças de fatos históricos, aos borbulhões, afloraram. Parecia que eu estava vivendo aqueles momentos.

Algumas pessoas pensam que o meu interesse pela informação é político partidário. Tenho ouvido comentários intrigantes: “Ah! Agora tu vê a Globo!” Sempre assisti e não vejo por que não! Acompanho o que está sendo dito, mostrado e escrito em todos os veículos de comunicação, local, estadual, nacional e internacional. Faço isso usando o meu filtro ideológico, eliminando o ruído dos interesses que estão por trás de qualquer informação.

Saindo da retrospectiva, entrando na dureza do século XXI, na era dos “terraplanistas”, trago a Assembleia das Nações Unidas (ONU), do dia 22 de setembro passado, para a pauta desta Perspectiva. Como norma, o Brasil abre a reunião. Bolsonaro, mantendo sua performance, enxovalhou nossa imagem, nos envergonhando mais ainda. Trump e Bolsonaro só fizeram o que mais sabem fazer: Confundir a opinião pública com inverdades. Foram, apenas, candidatos preocupados em manter suas reeleições. A única verdade que nosso Pantaleão (tal qual o personagem de Chico Anysio) disse foi que o Brasil vive uma desinformação. Claro, promovida por ele!

Na era de Donald Trump e Jair Messias Bolsonaro, chegamos a um patamar inimaginável de negacionismo sobre as mudanças climáticas. Eles não só negam a gravidade dos problemas ambientais do planeta, como, de maneira insana, declaram que tudo é manobra dos comunistas que querem dominar o mundo. Devido aos seus cargos, isso é temerário demais. A forma burlesca que falam, poderia ser tema de carnaval. Fico imaginando os dois, abraçados, desfilando no “Bloco Carnavalesco Unidos do Negacionismo”. Certamente, roubariam os prêmios por fabulosas performances em alegorias, samba enredo e fantasias. Sabem vender um fantástico mundo de ilusões!

Bolsonaro, com suas lorotas sobre a Amazônia e o Pantanal, afirmando que a floresta úmida só pega fogo nas bordas, responsabilizando os índios e os caboclos pelas queimadas, achincalhou nossa imagem para o mundo. Suas baboseiras sobre meio ambiente e a pandemia aprofundam a crise econômica, levando o capital volátil internacional bater asas e voar para longe. Isso é fato!

“A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar.” (Freud)

Túlio Carvalho

[email protected]

Publicado em 02/10/20.

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