19/04/2021 - 13h38min
Há mais de um ano, vivemos dias de aflição e de ansiedade, com insegurança, incertezas e medo. Este coquetel de sentimentos negativos precisa ser vencido com resiliência e coragem. Não há alternativa a não ser enfrentar a pandemia da Covid-19, pois é preciso sobreviver.
Nesta luta pela sobrevivência, estamos todos no mesmo barco, independente de gênero, raça, idade, classe social ou credo. Temos que nos adaptar, reordenando tarefas cotidianas, buscando encontrar meios de evoluir na dor e de nos fortalecermos a partir das dificuldades.
Adaptação indica o rumo a seguir nesta fase de transformação, na qual tudo precisa ser ajustado, tanto na vida pessoal quanto no trabalho.
Valores estão sendo redefinidos num resgate da compaixão e da generosidade, sentimentos que estavam abafados por um sistema competitivo predatório. A fatalidade explícita e próxima vem revelando o quanto o consumismo tem nos afastado do que é humano e da paz de espírito.
A solidariedade assume um papel preponderante na sociedade. Compartilhar ganha importância e a empatia se torna necessidade diante da fragilidade da vida e da dependência coletiva.
O distanciamento social por injunção nos faz refletir sobre o envolvimento digital que vinha absorvendo o tempo de forma cada vez mais abrangente e acelerada. O feitiço do mundo virtual aos poucos vai perdendo força na medida em que a opção do mundo presencial passa a ser um privilégio.
A competição intensa, que rouba nossa essência humana, se revela como uma forma de vida ultrapassada diante de uma realidade forjada pela pandemia da Covid-19. Rever valores é imposição que surge em meio a uma luta intensa pela vida.
Publicado em 16/4/21.
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