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Sexta-feira, 29 de mar�o de 2024

19/04/2021 - 14h21min

Daniel Andriotti

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Maldades Humanas

Quando nos damos conta das dezenas, centenas, talvez milhares de pessoas que tanto gostávamos e que a pandemia em tão pouco tempo tirou do nosso convívio, chegamos a pensar que o abalo da nossa alma bateu no limite; e que o mundo não nos dá tréguas quando resolve ser bárbaro e cruel.

No entanto, o fundo do poço tem subsolo: é quando, por exemplo, chega ao nosso conhecimento o fato de que alguém tem a coragem de torturar e espancar uma criança de quatro anos até levá-la à morte. Pode ter algo pior do que isso? Pode!!! Sempre pode. É quando a mãe dessa criança é complacente, conivente e insensível com o crime praticado pelo namorado dela, médico, filho de um coronel da Polícia Militar e vereador no Rio de Janeiro.


Desconheço a existência de uma espécie capaz de sentir tanto prazer na maldade senão a espécie humana. Há quem diga que o homem é o lobo do homem. Eu entendo que o homem é o lobo até do lobo.



Por falar em lobo, o que nos resta se nascemos e vivemos num país onde o profissional da saúde precisa mostrar a seringa vazia para provar ao paciente que ele realmente foi vacinado em meio a uma pandemia letal? Essa é uma prova que, definitivamente, não nos resta a menor esperança de um futuro melhor...



Futuro melhor? Se num país onde o BBB ocupa todas as mídias estrategicamente demarcadas por ‘influencers’ para render audiência e, assim, girar a roda da economia através de patrocínios milionários? Como não poderia deixar de ser, a edição desse ano cultua falsos heróis, vê racismo onde nem sempre existe e promove uma geração vitimista.


O Big Brother, sabemos, serve de palco contra as minorias. Até aí, tudo certo. Gays, feministas, negros e militantes de todas as categorias, têm espaço para dar ampla voz às lutas de todos os preconceitos. Não havia, até então, um único ato racista na história do programa. Até que, as – graças a Deus já eliminadas Lumena e Karol Conká – , militantes do tema, inauguraram os primeiros atos racistas do reality show. Sob pretexto de combate ao preconceito, agrediram, massacraram, ofenderam e insultaram pessoas não-negras. Saíram escorraçadas pelo público mas foram recebidas com tapete vermelho, complacência e generosidade pela Globo e por toda a mídia puxa-saco. Quase nenhuma crítica com relação aos seus comportamentos.


Comentários sobre o cabelo ou outra parte qualquer do corpo, assim como insinuações sobre a opção sexual de alguém deveria ser taxativamente proibido. No entanto, o ‘cancelamento’ hoje se dá por sua condição de ‘suposto’ privilégio: se a pessoa nasce branca, heterossexual ou até mesmo por ser ‘simplesmente homem’, como disse Fiuk. Sim, a pérola é do totalmente sem noção e sem talento filho do Fábio Júnior. Por aí, se tem um indicativo da qualificação das pessoas que ‘viram referência’ a uma boa parte do Brasil e que, num passado recente, já foram até chamados de ‘heróis’.



Domingo de manhã assisti à final da Supercopa, entre Flamengo e Palmeiras. Baita jogo. Dois a dois no tempo normal, com direito a pênalti marcado, pênalti não marcado, pênalti desmarcado e decisão por pênaltis. E foi preciso que cada time cobrasse oito penalidades para decidir quem era o campeão.


É impossível assistir a um jogo desse nível sem que se faça a inevitável comparação: a do quanto a dupla Gre-Nal está distante desses dois. Anos-luz, talvez.




Daniel Andriotti

Publicado em 16/4/21.

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