Gazeta Centro-Sul
Quarta-feira, 24 de abril de 2024
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04/04/2016 - 10h42min
Polícia
Assalto no Bradesco
Ataque Violento ao Posto Bancário da Prefeitura.
Faltavam cinco minutos para o meio-dia de quarta-feira, 30 de março, quando estourou a porta de vidro do posto do Bradesco, na Prefeitura de Guaíba, por onde entraram três homens encapuzados, armados com espingardas calibre 12. Os bandidos ordenaram que todos se deitassem no chão. No momento do ataque, havia cerca de doze clientes aguardando atendimento e dois funcionários nos caixas.
Segundo uma testemunha que estava no local e pediu para não ser identificada, um dos assaltantes se dirigiu ao cofre, na parte dos fundos do posto, ordenando que um dos funcionários abrisse, o que não foi possível, provavelmente pelo nervosismo da vítima. Enquanto isso, outro bandido roubava o dinheiro dos caixas e de uma cliente que já havia sacado parte de seu salário. O estabelecimento é muito utilizado por servidores da Prefeitura. No dia anterior, havia sido liberado o salário de março e é comum um movimento maior nos primeiros dias após o pagamento.
De acordo com testemunhas, um dos assaltantes tinha um rádio, provavelmente na frequência da Brigada Militar. Com isso, ficou sabendo que a Polícia tinha sido comunicada e estava a caminho, o que fez a quadrilha abandonar o local às pressas. Além dos três elementos que entraram na agência, um quarto aguardava em um Prisma prata do lado de fora. Os bandidos fugiram em direção ao Bairro Coronel Nassuca. Mais tarde, o carro usado no assalto foi encontrado próximo ao Cemitério Municipal. A quadrilha teria roubado um Gol vermelho para continuar a fuga. A BM chegou em seguida, saindo em perseguição aos criminosos.
Os clientes ficaram muito nervosos com a ação violenta, que durou cerca de cinco minutos. Uma senhora que estava no local desmaiou e teve de ser atendida.
O assalto aconteceu no momento em que o prefeito Henrique Tavares e uma comissão de guaibenses estavam em audiência com o secretário de Estado da Segurança Pública para tratar de questões ligadas à Segurança em Guaíba. Ver matéria nesta edição.
O que diz a Polícia
Devido o modus operandi da quadrilha, o caso foi encaminhado diretamente para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil na Capital. Na DP de Guaíba, entretanto, os policiais estavam informados sobre o caso, ressaltando a ousadia da quadrilha. A quantia levada não foi divulgada.
Em entrevista à Gazeta Centro-Sul, o delegado Joel Wagner, do DEIC, explicou que o andamento da investigação está avançado, acreditando na possibilidade que a quadrilha seja da Região Metropolitana. “Realizamos a perícia no carro recuperado; infelizmente dentro da agência não tivemos imagens registradas, vamos buscar nas câmeras em via pública”, observou.
Conforme o Delegado Joel, o fato da quadrilha ter a frequência da Polícia é algo rotineiro entre os bandidos. “Infelizmente é um fato mais comum do que se imagina”, disse.
Apesar da quantia roubada não ter sido divulgada, o delegado ressaltou que foi irrisória. “Foi uma ação pouco comum aqui na Região. Suspeitos desse caso, ainda não temos; mas vamos analisar os casos semelhantes que aconteceram no RS e, com o resultado da perícia no veículo ver se exista alguma ligação”, observou.
Até o fechamento desta edição, a quadrilha não havia sido presa.
Foto: Luiz de Gerone
Outras Notícias de Polícia
Homem é executado com diversos tiros no Santa Rita
Uma brutal execução ocorrida na noite de quarta-feira, 30 de março, na Rua Maceió, Bairro Santa Rita, chocou a comunidade de Guaíba, tendo em vista que a vítima não tinha antecedente criminal.
Por volta das 22h20, dois homens em uma motocicleta se aproximaram de um bar, abordando um rapaz que estava no local; impiedosamente, um dos bandidos efetuou cerca de 20 disparos contra a vítima, fugindo em seguida com seu comparsa. A estimativa da Polícia é de que cerca de nove disparos tenham atingido o corpo de Willian Silker da Silva, de 33 anos, que não resistiu aos ferimentos. O SAMU chegou a ser acionado, mas nada pode ser feito.
Tiros de Metralhadora
O que chamou a atenção da Polícia Civil foi o fato de os tiros terem sido disparados em uma rajada única, não sendo descartada a possibilidade de uso de metralhadora na execução. “Os tiros foram de metralhadora ou de alguma pistola modificada, sendo efetuados disparos em sequência”, observou um policial.
O que diz a Investigação Policial
De acordo com o chefe do Setor de Investigações da Polícia Civil, Leonardo Gardel, a vítima provavelmente tenha sido executada por engano. “Era um rapaz que não tinha qualquer antecedente, uma das possibilidades é de que os atiradores tenham errado o alvo”, observou o policial. Testemunhas deverão ser ouvidas nos próximos dias para que seja dado prosseguimento nas investigações.
Até o fechamento desta edição, o atirador não havia sido preso.
Publicado em 2/4/16.
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