24/04/2017 - 08h55min
Já ouvi mais de uma manifestação do presidente Michel Temer afirmando que este ano sai a reforma tributária. O principal argumento é a necessidade de movimentar a nossa cambaleante economia. Simplificar os tributos, estimular a indústria, diminuir o Custo Brasil. É urgente esta reforma, a tributação no Brasil é apontada em diversas pesquisas como a mais complexa do mundo. A insegurança jurídica é muito grande, basta analisarmos a recente decisão do Supremo a respeito da não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS.
Esta questão é o retrato da precariedade da legislação tributária do Brasil. Como é possível as empresas passarem 15 anos pagando um valor de tributo que é inconstitucional? Precisamos sim de uma reforma tributária, mas da forma como as reformas estão sendo propostas, é muito provável que uma reforma tributária seja na verdade um aumento da carga tributária. Então, reformar ou não reformar?
O Custo da Carne Fraca
No último mês, a Polícia Federal deflagrou a operação Carne Fraca, que teve como foco um esquema de corrupção na fiscalização das carnes produzidas por algumas unidades produtivas. O setor que esteva em plena recuperação, após um 2016 muito ruim, desacelerou um pouco.
O Brasil foi o maior exportador de carnes bovinas em 2016, e isso demonstra a importância deste setor na nossa economia. Passados mais de 30 dias da deflagração desta operação, os efeitos catastróficos anunciados na época, não se confirmaram, pelo menos é o que diz a Fundação de Economia e Estatística, por meio da Carta de Conjuntura número 4 de 2017.
É possível que o alerde tenha sido muito maior do que o real comprometimento da qualidade da carne brasileira, e gaúcha especificamente. Mas ainda é cedo para se medir exatamente o custo das práticas absurdas.
A queda da queda, do PIB.
Agora em março, foram divulgadas as taxas do PIB do último trimestre de 2016, do Brasil e do RS. A queda do PIB que começou no segundo trimestre de 2014 e foi crescendo (a queda) até o seu auge (maior taxa negativa) no último trimestre de 2015, pelo quarto trimestre seguido diminuiu a queda. Ou seja, a partir do primeiro trimestre de 2016 as taxas negativas foram se reduzindo, fechando o ano de 2016 com a menor taxa negativa. Há uma tendência de melhora no PIB.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos, em um determinado período. É um indicador de reação da economia, mas ainda estamos com taxas negativas de crescimento. Preocupante...
Márcio Silveira
Publicado em 22/4/17.
Institucional | Links | Assine | Anuncie | Fale Conosco
Copyright © 2024 Gazeta Centro-Sul - Todos os direitos reservados