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Terça-feira, 23 de abril de 2024

26/02/2020 - 16h18min

O Bullying nas Escolas

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No período da adolescência, e mesmo da pré-adolescência, os indivíduos têm uma vulnerabilidade muito grande em relação ao bullying, pressões sociais, dentre outros aspectos. As redes sociais são um dos grandes motivadores do aumento da ansiedade e até de depressão, seja por comentários maldosos ou as famosas fake news, que viralizam instantaneamente.

O bullying envolve um comportamento agressivo, repetitivo, praticado por alguém que exerce algum tipo de poder sobre outro, a ponto de sentir-se superior e alimentar seu ego, principalmente na frente de seus colegas. No cyberbullying, ou bullying virtual, o anonimato pode trazer uma “vantagem” a quem o pratica, já que este pode atacar sem que a pessoa tenha chances de defesa, de forma anônima e oculta.

Para o filósofo e especialista em estudos da mente e comportamento humano, Fabiano de Abreu, cabe aos pais identificarem a mudança no comportamento do filho.

“Quando convivemos intensamente com alguém, percebemos suas mudanças comportamentais, ainda que singelas, assim como as distinções e microexpressões faciais comuns, sinais emitidos pelo corpo. Ao percebermos tal mudança em uma criança ou jovem, devemos tentar dialogar. Estabelecer diálogo, procurar ser amigo desta criança ou jovem, implica em passar algum tempo com ele e assim buscar ter uma conversa, dentro de um raciocínio lógico e linguagem apropriados para aquela faixa etária. Ganhar a sua confiança ajuda a ter conhecimento de tudo que se passa em seu cotidiano”, ressaltou Fabiano.


É importante também a percepção de que o erro pode estar em si e não no outro. Buscar compreender e apurar os fatos, e ter a preocupação em resolvê-los, já é um grande avanço para buscar a solução.

Para o filósofo, o ideal é que escolas estejam em permanente contato com os pais, especialmente para relatar episódios de bullying, preconceito e agressão física ou verbal. Fabiano acredita que a psicologia e a filosofia devem estar presentes nas escolas, e que tais deveriam contar com profissionais da área no processo educacional, assim como contam com os professores.

“Hoje, muitas crianças passam a maior parte do seu tempo na escola. Lá aprendem e interagem com outros alunos, que trazem à sala de aula características com base em sua educação e cultura. Toda escola deveria ter um psicólogo de prontidão para apurar situações graves como as de bullying, e, também, quaisquer situações mais leves, que possam tornar-se graves. Os professores deveriam adaptar-se à evolução e a interação digital, pois o professor não deixa de ser também um educador. Fazer uso da criatividade a fim de chamar para si a atenção dos alunos é muito importante.

A filosofia deveria ser adotada em todas as turmas, de todos os anos letivos e séries; lembrando que o ensino de filosofia não é para que os alunos sejam filósofos, e sim para que entendam melhor a vida, a existência, suas consequências, comportamento e meios para tornarem-se sociáveis, e assim tentar entender as questões óbvias e as não tão obvias da vida”, finaliza o filósofo.

Publicado em 22/2/20.


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