Gazeta Centro-Sul
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15/02/2019 - 14h09min
Sem creche e sem campo de futebol
A obra de uma creche se arrasta na Avenida José Carlos Ferreira, no Bairro Pedras Brancas, Zona Oeste de Guaíba (foto). Ela faz parte do programa do Governo Federal, Pró-infância, que se mostrou um fracasso, devido ao abandono da empreiteira contratada por meio de licitação promovida pela União.
A Prefeitura de Guaíba assumiu a responsabilidade de concluir quatro escolas de Educação Infantil que fazem parte do programa nacional, mas não tem sido uma tarefa fácil.
De acordo com o vereador Manoel Eletricista (PPS), quando a Câmara Municipal aprovou a concessão da área para a construção da creche no Bairro Pedras Brancas, havia um campo de futebol usado pela comunidade no local, que foi desativado com a promessa de que o mesmo seria transferido para o terreno ao lado, o que não aconteceu. A comunidade perdeu o campo de futebol e não conta com a referida creche.
O que diz a Prefeitura
Em 2017, a empresa Cont foi contratada pela Prefeitura de Guaíba, por meio de licitação, para retomar as obras das quatro creches em construção pelo Pró-infância, o que aconteceu por cerca de dez meses. No entanto, de acordo com a secretária Virgínia Guimarães, em setembro de 2018, a nova empresa contratada também abandonou os trabalhos. Sendo assim, a Prefeitura teve de abrir novo processo administrativo para poder rescindir o contrato com a Cont e abrir nova licitação. A secretária explicou que, essa semana, recebeu resposta da Procuradoria, liberando a rescisão do contrato o que permite abrir novo processo licitatório, o terceiro.
Virgínia disse que o Município não pode repassar recursos próprios, além da complementação estipulada pelo convênio com o Governo Federal. Com isso, as quatro obras encontram-se novamente paralisadas.
Em 2014, foi anunciado pela Prefeitura que seriam inauguradas cinco creches do Pró-infância em Guaíba. Destas, apenas uma foi concluída.
Quanto ao espaço definido para o campo de futebol, a Prefeitura diz que compreende a reivindicação da comunidade, mas somente poderá atendê-la após a conclusão da obra, tendo em vista que durante a construção irão circular caminhões e equipamentos pesados pelo local.
Foto: LA/GAZETA
Publicado em 16/2/2019.
