Gazeta Centro-Sul

Contato: (51) 3055.1764 e (51) 3055.1321  |  Redes Sociais:

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

25/05/2015 - 10h51min

Vazamento Químico

Compartilhar no Facebook

Forte vazamento de dióxido de cloro na Celulose Riograndense assusta população.

Com a adoção de medidas de segurança, Fepam acabou liberando a produção da Celulose Riograndense após um forte vazamento de dióxido de cloro, que levou 16 trabalhadores para atendimento hospitalar e assustou a população do entorno da fábrica

Na manhã de quarta-feira, 20, por volta das 10 horas, aconteceu um importante vazamento de dióxido de cloro na nova fábrica da CMPC Celulose Riograndense em Guaíba. O incidente, além de gerar odor forte que causou transtornos na população que mora nas proximidades da fábrica, atingiu diretamente 16 trabalhadores, que tiveram de ser atendidos no PA e no Hospital da Unimed. De acordo com a empresa, os funcionários foram liberados após receberem cuidados médicos.

Vizinhos da planta industrial têm reclamado de constantes ruídos e cheiro forte. Na semana passada, a Gazeta Centro-Sul publicou matéria sobre estes transtornos. A empresa informou que a nova linha de produção, que entrou em operação no dia 3 de maio, está em fase de ajustes, salientando que eventuais ruídos e odores fortes deverão ser superados nos próximos dias.

Nota da Associação de Moradores

A Gazeta questionou a Associação de Moradores do Bairro Alegria a respeito dos impactos na Região. A entidade enviou a nota que segue.

“Em resposta ao questionamento referente ao acidente com vazamento de cloro na Celulose Riograndense, temos a informar o seguinte:

Na semana passada, em reunião da AMBA (Associação dos Moradores do Bairro Alegria), deliberamos por solicitar informações oficiais à FEPAM, órgão responsável pelo licenciamento desse empreendimento. Isso fundamentou-se na insatisfação da população local com as explicações apresentadas em folhetos sobre a poluição percebida no início das operações da NOVA FÁBRICA. As mais preocupantes foram a intensa fumaça preta, numa chaminé, que há muitos anos não era vista, e a fumaça verde, em outra chaminé, identificada pela primeira vez, conforme registro fotográfico feito por vizinhos da fábrica, além do aumento do barulho. A FEPAM acusou recebimento e até a presente data não respondeu a referida solicitação.

Com referência aos fatos ocorridos na última quarta-feira, 20 de maio, acusamos o recebimento de inúmeras denúncias de moradores do Bairro, feitas através do site/face, telefone e pessoalmente. Houve reclamações de um cheiro muito forte, diferente do “costumeiro odor de enxofre”.

Com referência a nota de esclarecimentos da Celulose Riograndense, emitida no dia 21 do corrente, da mesma forma que a anterior, a comunidade do nosso bairro não ficou satisfeita e vai aguardar manifestação da FEPAM.

Tendo em vista a seriedade dos fatos, a AMBA está chamando uma reunião de diretoria para a próxima terça, dia 26, para deliberar sobre encaminhamentos.”

Associação de Moradores do Bairro Alegria/Guaíba/RS

Nota de Esclarecimento da CMPC

“Na manhã desta quarta-feira, 20, ocorreu um vazamento de Dióxido de Cloro (produto utilizado para o branqueamento da celulose) na planta química da Celulose Riograndense. O incidente – que durou cinco minutos – foi provocado por um aumento de pressão numa linha de gases, impactando 16 prestadores de serviços que trabalhavam no local. Destes, dez foram encaminhados para o Hospital Regional e para o Hospital da Unimed para avaliação, sendo liberados logo em seguida. O Plano de Atendimento a Emergências (procedimento-padrão) isolou a área e a situação foi normalizada.

Com o incidente, a operação na planta química foi paralisada para inspeção e análise. O vazamento foi local e, de acordo com as equipes de supervisão e monitoramento ambiental da empresa, não foram registrados impactos externos que afetassem à comunidade ou qualquer tipo de dano à fauna e à flora local.

A Emergência da FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) esteve na empresa para vistorias e análise das condições de riscos operacionais e das modificações que foram feitas para evitar este tipo de evento. A planta química terá a sua operação retomada após apreciação final feita pela FEPAM.”

O que diz a Fepam

Técnicos da Fundação de Proteção Ambiental (Fepam) receberam representantes da empresa CMPC - Celulose Riograndense na tarde de quinta-feira, 21. O encontro, ocorrido na sede da Fundação, serviu para esclarecer dúvidas com relação ao vazamento ocorrido em uma das plantas da unidade.

Durante a reunião, os representantes da empresa informaram sobre a instalação de novas salvaguardas (medidas de segurança implantadas na operação), com a aprovação de um responsável técnico. Segundo os técnicos da Fepam, a medida visa minimizar os riscos de uma futura ocorrência semelhante.

Com base nas informações prestadas pela empresa e novas salvaguardas implantadas pelo grupo, a unidade foi liberada para seguir a produção. Um grupo técnico segue acompanhando as operações da nova planta.

FONTE: FEPAM/SEMA

Foto: LA/Gazeta

Publicado em 23/5/15.


Últimas Notícias

Este site da Gazeta Centro-Sul s
Ler mais

Aulas Presenciais em Guaíba
Ler mais

Monumento Farroupilha
Ler mais

Publicidade

Institucional | Links | Assine | Anuncie | Fale Conosco

Copyright © 2024 Gazeta Centro-Sul - Todos os direitos reservados