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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

17/11/2014 - 14h10min

Bloqueio na Zona Sul

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Manifestantes bloqueiam tráfego na Zona Sul.

Um grupo de moradores do Bairro Alegria bloqueou a única via de acesso aos bairros da Zona Sul, na manhã de segunda-feira, 10, causando congestionamento (foto). O ato foi em protesto contra os transtornos causados pela obra da CMPC e a omissão da Prefeitura.

Um grupo de moradores do Balneário Alegria, em Guaíba, realizou uma manifestação, no início da manhã de segunda-feira, dia 10, bloqueando de forma total e parcial a única via de acesso à Zona Sul, causando grande congestionamento (foto).

O ato público foi para protestar contra o isolamento da região, considerando que, após o novo traçado viário, existe apenas uma via de acesso aos bairros. A mudança aconteceu para viabilizar a expansão da fábrica da CMPC. Os manifestantes protestaram também contra os transtornos causados devido às obras, alegando que não há fiscalização de trânsito da Prefeitura nem da Brigada Militar. Eles afirmaram, em comunicado enviado à Gazeta, que já tinham se reunido com representantes da CMPC e do Governo Municipal e não foram atendidos em muitos dos problemas apontados.

O que diz a CMPC

A CMPC enviou um extenso comunicado à Gazeta Centro-Sul, abordando sobre as obras de expansão. O texto faz um histórico do processo de implantação da segunda fábrica de celulose, salientando a forte mobilização da comunidade local para que o empreendimento fosse realizado em Guaíba.

O projeto de ampliação da Celulose Riograndense, denominado Guaíba 2, foi iniciado há 17 meses e está no seu ponto máximo, com 8.500 trabalhadores e com mais de 80% das obras realizadas. Segundo a empresa, o pico dos trabalhos deverá persistir ainda pelo período de três meses, quando a utilização de mão de obra de construção e montagem passará a cair de forma gradativa, zerando no final de abril de 2015. A nova linha de produção está prevista para iniciar suas operações no dia 3 de maio do ano que vem.

Impactos Positivos e Negativos

Sobre os impactos, a CMPC ressalta que uma obra desta envergadura – o maior projeto privado em construção no Rio Grande do Sul, com investimento superior a R$ 5 bilhões, dos quais mais de R$ 1,7 bilhão são de compras feitas no Estado, empregando 8.500 trabalhadores - impacta as comunidades, notadamente as mais próximas à fábrica. Entretanto, observou que muitos destes impactos são positivos, como a realização de obras viárias, de drenagem, além do incentivo ao comércio local, geração de empregos e tributos, e qualificação profissional.

Em relação aos impactos negativos, a empresa reconhece que podem ser caracterizados pela produção de poeira e de ruídos, excesso de automóveis, estacionamentos irregulares, grande número de trabalhadores nas ruas do bairro onde acontece a obra. Também o volume de veículos pesados e de automóveis circulando pelas imediações da planta industrial nas horas de pico acaba pressionando o sistema viário.

A CMPC explicou que recebeu reclamações de alguns moradores e garantiu que está trabalhando junto com a Prefeitura e as empreiteiras para resolver os problemas. A expectativa é de que, com a redução gradativa do ritmo da obra, os impactos também sejam reduzidos.

O que diz o prefeito

O prefeito Henrique Tavares disse que considera legítimo o direito à manifestação e que a atitude do Executivo Municipal foi de respeitar os manifestantes, com apoio da Secretaria de Mobilidade Urbana para reduzir os transtornos à sociedade.

Sobre as reivindicações, Henrique disse que se reuniu com representantes do grupo dos manifestantes e com a CMPC. No encontro, foram tratadas, em conjunto, ações a serem realizadas para tentar reduzir ao máximo os problemas apontados.

O prefeito ressaltou o investimento de R$ 12,5 milhões em obras de macrodrenagem na Zona Sul, que resolveram os graves problemas de alagamentos, e as melhorias do sistema viário por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com a CMPC.

Via alternativa é promessa

A Celulose Riograndense está construindo uma estrada alternativa privada, que será usada para o transporte de madeira, visando desafogar o tráfego de caminhões no perímetro urbano, principalmente na Avenida Castelo Branco. Hidrovias também deverão ser usadas para o transporte de matéria-prima a partir de 2016.

Em nota, o prefeito informou que a via alternativa pública, ligando os bairros da Zona Sul com a BR-116, será construída. Ele disse que já solicitou um levantamento de área e que o estudo de um novo traçado está adiantado, mas não tem prazo de conclusão do projeto, pois envolve desapropriação de área. “Não podemos prever prazos numa situação dessas, mas faremos o mais breve que pudermos”, garantiu Henrique Tavares.

O prefeito salientou, ainda, que esta via alternativa tinha ficado como uma obrigação do Estado, no protocolo feito com a empresa, mas não se concretizou.

Foto: LA/Gazeta

Publicado em 15/11/14.


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