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Sábado, 20 de abril de 2024

18/08/2014 - 10h41min

Parque no Morro

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Governo do Estado pode inviabilizar parque em Guaíba.

Guaibenses querem criar um parque natural no Morro José Lutzenberger (ao fundo)

Depois de se comprometer a destinar recursos das medidas compensatórias do projeto de expansão da CMPC para a criação de um parque ecológico em Guaíba, o Governo do Estado surpreende e pode inviabilizar o projeto. Do total de R$ 24 milhões, foram destinados apenas R$ 3 milhões para o Município.

A notícia, que caiu como uma bomba em Guaíba, foi revelada em reunião na Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), na manhã de quinta-feira, 14. Participaram do encontro o secretário Adjunto da SEMA, Luis Perelló, e uma comitiva guaibense integrada pelo prefeito Henrique Tavares; o secretário de Gestão, Beto Scalco; o diretor Municipal de Meio Ambiente, Sérgio Martinez; o diretor-presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes; o diretor de projetos da empresa, Otemar Alencastro; e os coordenadores da Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA), Túlio Carvalho, Ricardo Jardim e João Bosco Ayala.

O Governo do Estado confirmou o valor de R$ 24 milhões como compensações ambientais das obras de expansão da Celulose Riograndense. Desse total, de acordo com a coordenação da Câmara Técnica de Compensações Ambientais, apenas R$ 3 milhões seriam destinados para a Unidade de Conservação Parque Natural Morro José Lutzenberger. Para a SEMA, uma unidade de conservação pode receber recursos de vários empreendimentos e se desenvolver gradativamente.

No entendimento da AMA, do Executivo Municipal e da Celulose Riograndense, em manifestações realizadas durante a reunião, esse valor não é suficiente para a criação do Parque Natural. “Acreditamos que Guaíba, como território onde está localizada a empresa e comunidade mais impactada pelas obras de ampliação, deve ser o destino principal das medidas compensatórias”, destacou Túlio Carvalho, coordenador da AMA.

A partir da manifestação de Walter Lídio Nunes, que discursou no sentido de buscar uma construção coletiva como alternativa que viabilizasse de forma mais imediata a construção do Parque, foi sinalizada pelos gestores estaduais a possibilidade de se reverter esse processo. Na próxima semana, após ser oficializada a decisão da SEMA ao Executivo Municipal, deverá ser encaminhada ao órgão estadual de meio ambiente uma contestação com relação aos valores destinados a Guaíba.

A comunidade guaibense luta há 30 anos pela conservação do Morro José Lutzenberger. A assinatura do decreto de criação dessa Unidade de Conservação, no final de 2013, é considerada uma das maiores conquistas da área ambiental na Cidade.

O que disse o prefeito

Em entrevista à Gazeta Centro-Sul, o prefeito Henrique Tavares disse que ficou desapontado com o valor destinado a Guaíba, considerando que inviabiliza a execução do projeto do Parque. “Criaram uma expectativa totalmente diferente do que aconteceu na prática”, ressaltou o prefeito. Ele espera que o Governo do Estado reverta esta decisão e cumpra o compromisso que assumiu com o Município.

Celulose Riograndense

A Gazeta ouviu também o diretor-presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes. Ele acredita que houve falta de entendimento entre as partes: Município, AMA e Estado. Walter disse ter ficado surpreso com o valor destinado a Guaíba, considerando-o muito aquém da expectativa e insuficiente para a criação do Parque. “O próximo passo deve ser uma análise do valor mínimo necessário para implantar o Parque e apresentar uma contraproposta ao Comitê”, avaliou Walter Lídio. Para ele, a unidade de conservação na zona urbana tem um significado importante como estratégia de Educação Ambiental, fazendo com que a conscientização da sociedade promova ações extensivas de proteção ambiental.

Foto: LA/Gazeta

Publicado em 16/8/14.


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