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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

28/07/2014 - 14h09min

Transtornos no PA

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Falta de médicos nos plantões gera transtornos no PA.

Frequentemente a população reclama da demora para o atendimento no PA de Guaíba

Quase todas as semanas, leitores entram em contato com a Gazeta Centro-Sul para reclamar do serviço de Pronto Atendimento (PA) de Guaíba. As queixas são sempre as mesmas: falta de médicos nos plantões e número insuficiente para atender a demanda. O problema vem se repetindo nos últimos anos e o Executivo Municipal, responsável pelo gerenciamento do serviço, não consegue encontrar uma solução.

Na manhã de quarta-feira, dia 23 de julho, leitores contaram que havia somente um médico de plantão. Com isso, as pessoas tiveram de esperar por horas para serem atendidas, tendo em vista que os casos de emergência, com pacientes que chegavam de ambulância, tinham a preferência. Uma situação que se repete com frequência.

O leitor Mário Fontana ligou para contar que estava aguardando atendimento na manhã de quarta-feira e considerou a demora um descaso das autoridades, principalmente com os idosos. Às 16h30 do mesmo dia, a equipe da Gazeta conversou com Eva Martins da Silva, 67 anos. Ela disse que aguardava desde as 14 horas para ser atendida, e estava com fortes dores nas costas, tendo dificuldades para respirar.

A Gazeta Centro-Sul apurou que a Prefeitura de Guaíba investe cerca de R$ 26 milhões por ano na área da Saúde. Até junho deste ano, atingiu 20,5% do Orçamento, sendo que o mínimo exigido por lei é de 15%. Deste valor, cerca de R$ 400 mil mensais são destinados para o pagamento do serviço de plantões no PA. No entanto, apesar deste investimento considerável, a precariedade é constatada quase que diariamente pela população, agravando-se nos finais de semana e feriados.

Em abril, o Governo mudou o comando da Secretaria Municipal da Saúde. A Pasta foi assumida pelo vice-prefeito Rogério Souza, que prometeu melhorar o atendimento, mas até o momento os resultados não são percebidos por quem procura o posto 24 horas.

O que diz o secretário

Diante do problema recorrente, a Gazeta Centro-Sul entrevistou o vice-prefeito, que responde pela Secretaria Municipal da Saúde, questionando as ações efetivas do Governo, considerando os recursos investidos e a precariedade do serviço no PA.

Rogério admitiu o problema e atribuiu como principal causa a falta dos médicos nos plantões, salientando que muitas vezes a Secretaria é comunicada na última hora. As alegações são problemas de saúde e questões particulares. Com isso, é preciso chamar outro profissional do banco, que esteja disponível, o que agrava a dificuldade. Souza disse que está trabalhando a fim de aumentar o número de médicos cadastrados para atendimento no PA, além de reestruturar o sistema, disponibilizando mais médicos em horários de maior fluxo, de acordo com dados estatísticos.

Como funciona o sistema

Rogério Souza explicou que a Prefeitura tem contrato emergencial firmado com 42 médicos para o serviço no Pronto Atendimento, além de seis efetivos. São dois clínicos gerais e dois pediatras, que trabalham em cinco plantões mensais, de 12 horas cada, recebendo até R$ 5.300,00 por mês.

Souza salientou que quando o serviço era realizado por uma cooperativa médica, o atendimento era melhor. No entanto, o Tribunal de Contas do Estado apontou como sendo irregular. Ele disse, ainda, que a Procuradoria do Município está avaliando a terceirização feita em outros municípios, visando adotar também em Guaíba se estiver de acordo com a legislação.

Planos para o futuro

Depois de seis meses de análises, o BNDES aprovou o repasse de recursos da CMPC para completar a estrutura da Maternidade Municipal, cujas obras estão marcadas para iniciar no dia 12 de agosto. O dinheiro é oriundo da contrapartida social do projeto de expansão da fábrica em Guaíba. A expectativa é de que num prazo de seis meses a Maternidade entre em operação, com a gestão do Grupo Beneficência Portuguesa.

A ideia do Governo Municipal é passar também o atendimento de emergência para os gestores da Maternidade, visando qualificar o serviço.

Hospital Regional

Após a implantação da Maternidade, o que deverá acontecer entre o final de 2014 e o início do ano que vem, o Executivo pretende iniciar a construção do Hospital Regional. Rogério Souza lembrou que para isso existem R$ 10,4 milhões da Consulta Popular reservados e R$ 22 milhões no Orçamento do Estado para 2015. Com o Hospital, todo o atendimento será via Sistema Único de Saúde (SUS), sob a responsabilidade do Governo do Estado.

Números da Saúde

A Prefeitura informou que existem cem médicos no quadro da Secretaria Municipal da Saúde, entre concursados e contratados; 42 médicos contratados e seis efetivos prestam serviço no Pronto Atendimento (PA).

São investidos aproximadamente R$ 400 mil mensais para pagamentos de médicos plantonistas. O Município aplica cerca de 26 milhões anuais na Saúde.

Foto: LA/Gazeta

Publicado em 26/7/14.


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