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Quinta-feira, 28 de mar�o de 2024

11/01/2021 - 08h46min

Leandro André

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O que vi e escutei na posse

Prefeitos e vereadores tomaram posse em todo o Brasil no dia primeiro de janeiro. Um show de promessas, frases de efeito e mensagens religiosas.

Aqui na Aldeia, participei da solenidade de posse dos vereadores, do prefeito Marcelo Maranata e da vice Claudinha Jardim, que aconteceu na Câmara Municipal. Todos fizeram um juramento, prometendo cumprir a legislação. Depois, foi a vez dos pronunciamentos na tribuna, destacando agradecimentos.

Destaques pra lá e pra cá

O discurso do vereador João Caldas (PT) foi de Executivo. Prometeu trabalhar em projetos que fogem da prerrogativa do Legislativo. O vereador pode reivindicar ao governo ações que geram investimentos, mas não tem competência para realizá-las. Confundiu as atribuições.


O vereador João Collares agradeceu os candidatos do PDT que não se elegeram, ressaltando que se não fossem os votos deles não estaria lá.


O vereador Tiago Green citou seu currículo e salientou que todos deveriam passar pela experiência do Conselho Tutelar para conhecer o que é sofrimento de verdade. Comoção no recinto.



Tom Religioso

Chamou a atenção o enfoque religioso na solenidade de posse aqui na Aldeia. Citação de trechos da Bíblia foi o que mais aconteceu. Multiplicação de versículos.


Conforme já escrevi algumas vezes aqui nesta Coluna, entendo que não funciona misturar política partidária com religião; a História da Humanidade escancara isso. Deixem a religião para os templos.


Está correto e é justo agradecer a Deus pelas oportunidades, de forma sincera, mas minha crítica aborda o viés postiço que geralmente se incorpora neste contexto.



Eleição da Mesa Diretora

O vereador João Collares (PDT) foi eleito presidente da Câmara Municipal, vencendo a oposição encabeçada pelo Chacrinha por 10 a 7. O PP, que deveria ser PA (Partido Adesista), votou com a situação. Se tem governo, o PP se encosta.


Nos bastidores, teve o tradicional jogo de interesses. Gravações, ameaças, oferta de cargos e cinismo em penca. O balcão da negociação esteve agitado.



Elogios ao Henrique Tavares

O Maranata destacou em seu discurso de posse, na Tribuna da Câmara, que respeita todos os ex-prefeitos de Guaíba, em especial, o Henrique Tavares, de quem foi vice na primeira gestão.

Vejam como a política partidária é elástica: o Sperotto (PTB) anulou o Henrique Tavares, também do PTB, mas o Maranata (PDT), adversário do PTB, ressaltou o trabalho do Henrique. Forte, essa!



Collares Paz e Amor

O vereador João Collares estava nervoso e emocionado. Se atrapalhou na condução da primeira sessão em que deu posse ao prefeito e à vice. Justificou que estava emocionado. Agradeceu os dez vereadores que votaram nele e destacou a importância da palavra assumida.


Pediu que se faça uma oposição propositiva na Câmara. Reconheceu que o Legislativo deve cobrar ações do Executivo, mas que isso seja para o bem do Município. Disse que fez isso quando esteve na oposição. Não foi bem assim; foi um opositor duro na legislatura passada. Agora, na situação, apresenta nova performance: Collares Paz e Amor!



O Discurso do Maranata

Em seu discurso, Maranata repetiu o que disse à Gazeta Centro-Sul na entrevista publicada no dia 31 de dezembro. Está pronto para o desafio de trabalhar pela comunidade de forma ética e compartilhada. Vamos acompanhar.



Oposição Unida

As bancadas do PTB (maior da Casa), com cinco vereadores; do MDB, com um; e do PSDB, com um, demostraram que a nova oposição está unida. Formaram uma chapa para enfrentar a situação de Collares, mesmo sabendo que iriam perder, porque o PP pulou a cerca.


Prometem desengavetar os requerimentos do Collares e da Claudinha na legislatura passada.



Ficou feio

O Sperotto não compareceu na solenidade de transmissão de cargo. Ficou feio pra ele.



Informações da Tia Alaíde

O supercopo da Tia Alaíde, que permite escutar através das paredes, funcionou bem essa semana. Minha tia ligou para dizer que a SME vai para a sede da Setudec, na Rua Serafim Silva.


A Setudec vai deixar de existir, mas a ideia é fortalecer a Cultura, mesmo que se torne uma Diretoria. A explicação é mudar o jeito de fazer Cultura no Município, terminando com uma suposta “panela” que gravitava há anos no entorno da Pasta, bem como descentralizar os projetos culturais. Uma fundação deverá ser criada para tocar os projetos. Vamos acompanhar por aqui para ver como isso vai acontecer na prática.


O Turismo terá peso especial e vai para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O Esporte ficará vinculado à Educação.



União das Polícias

Importante registrar a união entre a Polícia Civil e a Brigada Militar, que aconteceu no ano passado, em Guaíba, resultando em redução importante dos índices de criminalidade.



Na Próxima Semana

Vou abordar duas questões importantes para uma cidade funcionar bem, mas que, infelizmente, não temos em Guaíba. Isso explica porque a Kombi sobe a Rua Otaviano cheia de pedras e com o freio de mão puxado.



Leandro André

[email protected]

Publicado em 08/1/21.

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