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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

14/12/2020 - 11h39min

Leandro André

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Respeito à Cidade

Cobrar atitude do governante em relação a sua performance como gestor é uma ação legítima da sociedade; cobrar soluções de problemas e criticar é um dos papéis da Imprensa. Estas manifestações são importantes e estão incorporadas no cotidiano em todos os países democráticos. Feita essa observação, passo para a questão do envolvimento comunitário.

A cidade onde vivemos deve ser considerada como o melhor lugar do mundo pelos seus moradores. Se não for assim, torna-se um lugar com muitos problemas distantes das soluções.


Em todas as cidades do Planeta há problemas, até naquelas bonitas da Suíça que ilustram calendários. Basta viver uns dias lá que as dificuldades aparecem. No entanto, a intensidade dos problemas é diferente em cada município, dependendo diretamente da politização e da participação efetiva da sua população nas questões de interesse coletivo.


Neste contexto, direciono o foco para Guaíba. Faz parte da minha profissão conhecer todos os cantos da cidade. Faço isso há bastante tempo. Sendo assim, tenho bagagem suficiente para avaliar o ecossistema local, bem como o comportamento dos caciques e dos índios da Aldeia. Então, vamos lá!


Guaíba é um município com localização privilegiada. Em poucos lugares do mundo se tem uma vista panorâmica como a que podemos curtir a partir da margem. Um painel imenso se estende no horizonte, começando pelos prédios da Capital Gaúcha até o Morro da Tartaruga, no Portal da Laguna dos Patos. Cena cinematográfica nos dias ensolarados, nas tardes douradas, no encarnado nascer do Sol e nas noites prateadas de Lua cheia; coisa linda de se ver.


Acontece que a cidade não tem recebido o cuidado que merece ao longo dos anos. Tenho falado bastante sobre isso, chego a ser chato e repetitivo, mas bato nesta tecla porque se trata de um problema cultural, portanto, depende de tempo para mudar. Tenho alertado os gestores, tenho feito apelos insistentes, mas a atenção que a cidade precisa não passa das canelas.


Reparem nas calçadas, nas ruas, nos postes de iluminação pública, em toda a extensão da margem, nos bairros, nos acessos à cidade; reparem no quanto de desleixo compõe o cenário geral.


As calçadas na frente de casas e prédios são de responsabilidade dos proprietários dos imóveis, cabe a eles mantê-las pavimentadas e conservadas. Muitos não fazem isso e o poder público se omite. Sendo assim, em muitos trechos, as pessoas, ao invés de caminharem, driblam buracos. Somos Garrinchas no passeio público.


A pavimentação das ruas é responsabilidade da Prefeitura, mas há mais de 50 anos sucessivos governos se dedicam a operações tapa-buracos, paliativas e caras.


Reparem a fiação nos postes; exemplo explícito de relaxamento por parte da CEEE e das empresas de telefonia, com a conivência do poder público municipal, que mantém postura mansa.


Entendo que os arcos de ferro, em algumas ruas centrais, são monumentos à breguice, portais da esculhambação.


A iluminação pública, misturando lâmpadas brancas, amarelas e apagadas, revela falta de planejamento e de prioridade para o setor.


Neste último governo municipal, percebi um início de mudança neste contexto de pouco caso com o ambiente de Guaíba. Houve uma revitalização da margem central, criação de ecopontos para o descarte correto de caliça e móveis velhos, bem como a colocação de containers nas ruas centrais para evitar que o lixo se espalhe. No entanto, como o prefeito se apresentou como um arquiteto e urbanista, estas ações, mesmo que importantes, foram tímidas.


E para concluir esta avaliação sobre o cenário da nossa Aldeia e o contraste do desleixo diante da localização privilegiada, destaco que, além da ação governamental comprometida com o ambiente, é fundamental que a sociedade compreenda a importância de sua participação na construção de um ecossistema harmonioso.


A cidade onde vivemos deve ser considerada como o melhor lugar do mundo pelos seus moradores. Se não for assim, vai ser um lugar com muitos problemas distantes das soluções.



A Nova Ponte

Em dezembro de 1958, foi inaugurada a Travessia Régis Bittencourt, um conjunto de quatro pontes ligando a Região Sul do RS com a Capital Gaúcha e o Norte do País via rodoviária. Passaram-se 62 anos, até que, no dia 10 de dezembro de 2020, fosse inaugurada a Nova Ponte do Guaíba.


Nestas seis décadas, o País se desenvolveu de forma significativa e a Ponte Móvel do Guaíba, uma joia da engenharia e um dos símbolos de Porto Alegre, já não suporta mais o tráfego de veículos. Portanto, essa nova ponte é solução para um grande problema que vem causando transtornos à população e prejuízos à economia. Solução de problemas deve ser comemorada.



Reconhecimento

Quando uma obra grandiosa como a da Nova Ponte do Guaíba é realizada, há muitas pessoas envolvidas. Então, é justo destacá-las. O atual prefeito José Sperotto, quando deputado estadual, foi um dos políticos do RS que mais lutou pela obra. Ele liderou uma Frente Parlamentar para fazer pressão política. Os senadores Paulo Paim (PT) e Sérgio Zambiasi (PTB) trabalharam bastante em Brasília. A ex-presidente Dilma Roussef (PT) e o ex-presidente Michel Temer (MDB) foram decisivos, priorizando o investimento. E, por fim, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, assumiram o pacote e estão concluindo a obra.


No movimento comunitário, não podemos esquecer a dedicação de Luiz Domingues, que nunca deixou o tema ser esquecido.


Como disse, há muitas pessoas que trabalharam para a execução deste projeto, mas as que citei acima podem representar todas.



• Na próxima semana, vou abordar sobre o pedágio e a necessidade de ficarmos atentos.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 11/12/20.

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