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Sábado, 20 de abril de 2024

23/12/2019 - 15h41min

Leandro André

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Só faltou dedo no olho

A eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Guaíba de 2020 foi a mais dramática da história. O vereador Miguel Crizel (Solidariedade) foi o protagonista de uma confusão generalizada ao mudar de chapa na última hora. O Vereador Crizel pula de lado com muita facilidade. Vereador mola.

O resultado da eleição está na matéria aí ao lado, mas para contar o que aconteceu nos bastidores é preciso muito espaço. Então, vou resumir.

As negociações seguiam complicadas. Oposição mais o Frentão descontente com a falta de atenção do Prefeito Sperotto de um lado e a base aliada fiel do outro. Na cabeça das duas correntes, o PTB, é claro.

Beicinho pra cá, beicinho pra lá, planilha de cargos pra lá e pra cá, até que o Campeão formou uma chapa equilibrando a disputa; pequena vantagem para a oposição. Acontece que a vereadora Cláudia Jardim (DEM) abandonou a corrente oposicionista quando percebeu que o Maranata supostamente controlava o jogo nos bastidores. Opa! Cláudia e Maranata disputam o mesmo espaço na oposição e a eleição está chegando. Com isso, a turma do Vereador Collares (oposição) mais a do Vereador Alex (PP), comandante do Frentão magoado, puxaram o Crizel, aproveitando-se do seu molejo, deixando a chapa do Vereador Campeão desfalcada aos 44 do segundo tempo. O Campeão pediu adiamento de votação para recompor a chapa, mas o outro lado buscou a Justiça para manter a votação no dia 17 e conseguiu. Tudo costurado nas madrugadas.

Com o aparecimento do Maranata nas dependências da Câmara antes da sessão, os estrategistas do PTB não precisaram de muito esforço para convencer a Vereadora Fernanda e o vereador Everton Gomes, ambos do PTB, a esquecerem as mágoas e desistirem da chapa do Crizel, Collares e Cia. Com a surpreendente mudança do jogo já na prorrogação, o Vereador Alex pegou uma mola do Crizel e pulou para o outro lado de volta.

Considerando as chapas desfalcadas, o Vereador Collares queria adiar a votação, insistiu, mas não conseguiu. Por ironia, ele havia articulado para impedir o adiamento, buscando a Justiça. Com isso, o Vereador Arilene, presidente da Casa, que tinha decidido lá atrás pelo adiamento da votação quando o Crizel pulou de chapa, mas foi vencido pela liminar, deu seu show: “Viram, eu estava certo!”, provocando gargalhadas e aplausos na plateia alvoroçada.

Resumo da bufa: 13 a 3 para o Vereador Campeão. O Vereador Collares segue resmungando pelas redes sociais e apontando o dedo justiceiro para todos os lados.

Como a votação aconteceu com as chapas desfalcadas, devido ao pula-pula, há quem entenda que a votação pode ser anulada na Justiça. Me questionaram sobre esta possibilidade e eu respondi: placar de 13 a 3 é imune a anulação.

Atletas pedindo ajuda na sinaleira

O pessoal anda pedindo dinheiro nas sinaleiras de Guaíba. O carro para e alguém logo chega com uma latinha. Muitas vezes são jovens pedindo apoio para participarem de eventos esportivos ou culturais fora da Cidade.

Essa semana, parei o carro em uma sinaleira da Rua Vinte de Setembro e um menino, de uns 12 anos de idade, vestindo quimono de judô, me abordou com uma latinha na mão. Com muita educação, pediu apoio para seu grupo participar de uma competição em uma cidade que não lembro o nome. Disse que não tinha trocado. Na verdade, fiz gesto negativo com a cabeça e rosnei feito um ogro. Diante daquela reação, o jovem atleta não insistiu e ainda agradeceu educadamente, partindo com a latinha vazia em direção a outro carro.

Imediatamente, senti um remorso e um aperto na boca do estômago. Um jovem atleta cheio de sonhos me pediu uma pequena ajuda, um troco, e eu rosnei. Então, decidi mudar a minha atitude. Dei a volta na quadra a fim de contribuir com o guri atleta. Quando cheguei na tal sinaleira, ela estava aberta, reduzi a velocidade do carro, mas a sinaleira não fechou e o motorista atrás buzinou. Então, dei outra volta na quadra, desta vez parei um pouco antes e calculei a hora do sinal fechar para finalmente contribuir. Desta vez, o jovem atleta e seus colegas estavam tentando uma ajuda com os motoristas que pararam na minha frente. Esperei aflito com uma nota de R$ 2,00 na mão para o lado de fora da janela do carro. Ó, gritei acenando a nota, até que o jovem de quimono viu e pegou os dois reais e colocou na latinha, depois de agradecer.

Nunca perguntei se era verdade que o dinheiro arrecadado na sinaleira seria mesmo usado para viabilizar a participação no tal campeonato fora da cidade; não procurei saber nada. Dei os dois reais e pronto.

Hoje, refletindo sobre o significado dos pedidos de jovens atletas nas sinaleiras, percebo onde está a maior pobreza do nosso País. Quando o poder público faz a sua parte, jovens atletas não precisam pedir trocados nas sinaleiras.



Contra o Carnaval no Domingo

Na semana passada, divulguei aqui na coluna uma informação da secretária da Setudec, Cláudia Mara, de que provavelmente o Carnaval de Guaíba seria realizado no dia 8 de março, um domingo.

A reação contrária foi forte. Ninguém quer carnaval no domingo, começando de tarde. Fica o alerta sobre a necessidade de mudar os planos. Carnaval tem de ser sábado à noite!



Leandro André

[email protected]

Publicado em 21/12/2019.

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