01/04/2019 - 13h58min
Na noite deste sábado, 30 de março, e madrugada do domingo, teve carnaval na Beira, em Guaíba. Faltou dinheiro para organizar a festa popular na Avenida Nestor de Moura Jardim, com aquela estrutura profissional, com arquibancadas e camarotes. Então, a Setudec e os carnavalescos da Aldeia decidiram não deixar a festa morrer e trabalharam duro para fazer o que estão chamando de Mostra Competitiva da Cultura Popular.
A Brigada Militar novamente deu apoio total para manter a segurança pública, o que é muito importante.
Apesar de não oferecer aquela infraestrutura de anos anteriores, a organização do evento preparou o ambiente para garantir uma grande confraternização popular.
Foi uma festa bacana, com muita diversão e paz. A população de Guaíba está precisando de alegria. É muita lambança e verborragia azeda despejadas de balde pelas redes sociais; muito ronco de moralistas, ladainhas compridas de santinhos do pau oco; muita distorção de prioridades e muitos problemas de cabeça branca.
Dá uma folga, Dona Olga! Dizíamos isso, eu e meus amigos, quando éramos jovens e queríamos comemorar qualquer coisa bebendo bastante cerveja em encontros de gurizada na garagem-salão da casa do Miranda. Sua mãe, a Dona Olga, estava sempre por perto bisbilhotando e controlando a beberagem. Dá uma folga, Dona Olga! Bramia o coro juvenil.
Estamos precisando de recreio em Guaíba e no País como um todo, de uma folga do ranço e do matraqueado dos donos da verdade.
O carnaval não vai abafar os problemas da Aldeia, não vai resolver problema algum, não vai garantir boa gestão pública nem colocar a casa em ordem. Nada disso.
Foi apenas uma festa das boas, de muita risada e saracoteio, mesmo para os de cintura dura como eu.
E quem não gosta de carnaval ou de comemoração popular: “Dá uma folga, Dona Olga!”
Relatório do Observatório Social
Na noite de segunda-feira, 25, na Câmara Municipal de Guaíba, foi realizada a posse dos novos conselheiros do Observatório Social e apresentado o relatório do último quadrimestre de 2018, com avaliação das contas da Prefeitura, conforme a Gazeta Centro-Sul antecipou na semana passada.
Novamente, o Observatório Social destacou discrepância de preços em algumas licitações na Saúde. Tá difícil!
A Cobrança de Xandão
O Vereador Xandão (PDT) assumiu temporariamente no lugar de João Collares na Câmara, que se afastou para fazer um curso. E mandou brasa na tribuna, conforme eu previ.
O Xandão apresentou requerimento questionando o que chamou de paralisia do Governo Sperotto, que não se sustenta com o discurso da falta de dinheiro.
De acordo com levantamento feito pelo vereador, com dados do TCE, em 2018, Guaíba teve superávit de R$ 14 milhões na arrecadação. No entanto, ao deixar de fazer repasses da alíquota suplementar ao Guaibaprev (cerca de R$ 15 milhões), teria gerado uma multa de R$ 1,5 milhão ao Município. A dívida está sendo paga em parcelas com a multa incluída.
O Orçamento de Guaíba, em 2018, foi de R$ 223,6 milhões e foram arrecadados R$ 242,6. No ano passado, Guaíba registrou o maior crescimento de receita de todos os municípios do RS, que reflete neste ano, com o Orçamento dando um salto para R$ 324 milhões em 2019 (conforme LOA do Executivo). Deste total, é preciso retirar 30% para o Guaibaprev e o repasse para a Câmara Municipal (até 7%, mas o Legislativo abriu mão e deve ficar em R$ 11 milhões). Sobram cerca de R$ 215,8 milhões, mais a diferença de alíquota de ICMS, que se manteve em 19% (a previsão era baixar para 18%) e o aumento da arrecadação com IPTU, R$ 8 milhões, a previsão de receita para a Prefeitura para este ano chega aproximadamente a R$ 230 milhões. Resumo da ópera, dinheiro tem.
O Sapo Enterrado
E por falar nas cobranças do Vereador Xandão, quando este criticava com dramaticidade a falta de novos empreendimentos na Cidade nos últimos anos, o Vereador Campeão pediu aparte para lembrar que o PT (ex-partido do Xandão) havia mandado a Ford embora pra Bahia e enterrado um sapo no terrenão. O Xandão ficou atarantado com a cobrança inesperada.
Estátuas Esquisitas
Bacana homenagear pessoas importantes, que fizeram a diferença com seus feitos relevantes, erguendo estátuas a elas, mas também é arriscado.
As estátuas do Fernandão, no Beira-Rio, e do Renato, na Arena, são muito esquisitas. A do Fernandão tem o corpo desproporcional e parece que ele está com falta de ar. A do Renato tem corpo de guri bailarino com a cabeça da Hebe. Como disse o poeta Mario Quintana, ao recusar um busto de bronze em sua homenagem: “Um erro em bronze é um erro eterno”. Pois é.
Leandro André
Publicado em 30/3/2019.
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