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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

07/08/2017 - 09h28min

Leandro André

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A Beira

Aqui na Aldeia, chamamos o Calçadão e os parques na margem do Centro de “Beira”. É um termo cafona, mas o lugar é bacana, muito bacana. Quando recebo amigos de fora da Aldeia, mostro a Beira como um troféu e aguardo os suspiros com ar de superioridade. Eu me exibo com a Beira, pois sei que há poucos lugares assim no mundo.

De um lado, o grande Lago, com a Capital dos Gaúchos ao fundo e o Portal da Laguna dos Patos; do outro, o paredão verde do Morro José Lutzenberger. E eu ali, caminhando e seguindo a canção.

Somos especiais quando a Lua nasce cheia, quando o Sol nasce laranja, quando os caiaques deslizam no espelho d’água, quando os biguás se alimentam e quando a Beira se ilumina. O cenário é de todos, é democrático, é belo e poético.

A natureza fez a sua parte, mas falta fazermos a nossa, fazermos mais. Temos que correr os vândalos de lá e promover o polo gastronômico, com mais bares e restaurantes, com apoio do Governo Municipal, com integração, com mesas nas calçadas e atendimento profissional.

A Prefeitura, além de investir em melhorias nos espaços públicos, tem que dar incentivo fiscal para os comerciantes daquela região da Cidade. Os poucos estabelecimentos que existem se mantêm graças a muito esforço dos proprietários. Não existe uma política municipal de desenvolvimento do turismo, pois pouco se avança além de alguns encontros com explosões de ideias.

É preciso planejar e executar um projeto que aproveite de verdade este potencial que temos na Beira e que se escancara nos fins de semana ensolarados.

Os catamarãs chegam abarrotados de turistas nos finais de semana e a beleza natural da Beira encanta os visitantes, mas há um potencial a ser melhor aproveitado.

Em recente evento com a presença do governador Sartori, na Aldeia, o Prefeito Sperotto comparou Guaíba com Gramado, disse que só estão faltando as flores. Exagerou, o prefeito, não são somente as flores que faltam para nos compararmos a Gramado, falta bem mais.

O Pedido da Leitora

Lendo a minha coluna da semana passada, em que provoquei uma reflexão sobre a banalização das denúncias nas redes sociais, uma leitora pediu para que eu apurasse a carga horário do presidente da Câmara, vereador Renan Pereira, considerando seus múltiplos empregos. Fui conferir. Na próxima semana, informarei o que a leitora questionou.

Os Malvados

Até as crianças sabiam que a acusação contra o Presidente Temer seria engavetada pelos deputados, e quando isso aconteceu houve falso espanto e brabeza teatral.

A oposição acusa o Temer e seus fiéis de corruptos como se não fosse corrupta igual, com raras exceções. Malvados acusando malvados; malvados protegendo malvados; malvados se engalfinhando. Malvados encenando. Após as eleições de 2018, descobriremos quem são os malvados favoritos.

Transporte Coletivo

O Vereador Crizel quase colocou o pingo em cima do i em relação ao transporte público de Guaíba. Em pronunciamento na sessão da Câmara, ressaltou que não adianta debater o transporte coletivo sem encarar a realidade. E justificou dizendo que, se a realidade não for encarada, o sistema formal de transporte público vai quebrando à mingua e a passagem vai aumentando cada vez mais. Para ilustrar sua tese, o vereador fez a seguinte colocação: de cada 60 pessoas que dependem do transporte público para se deslocarem na Cidade, oito usam o transporte clandestino; vinte usam o Uber (que em Guaíba também é clandestino até a sua regulamentação); 20 usam o Amarelinho, que passa nas paradas na frente dos ônibus comuns, restando 12 para o ônibus convencional, que anda quase vazio. Como o cálculo da passagem é feito considerando o número de passageiros por km, a tarifa se torna cara, reduzindo cada vez mais o número de passageiros, que buscam meios mais baratos ou mais ágeis. O Vereador Crizel só não colocou totalmente o pingo em cima do i porque não falou das isenções, que fazem a festa dos vereadores.

Um pingo de gente participou das audiências públicas sobre o transporte coletivo, tratando das mudanças que terminaram com a baldeação. Só faltou debater sobre a realidade, sobre a morte à mingua do sistema convencional.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 5/8/2017.

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