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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

10/04/2017 - 13h49min

Leandro André

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O que a cidade precisa

Volto ao tema, pois entendo que é importante, muito importante. Julgamentos e opiniões rasas se multiplicam nas redes sociais em torneios de implicância e discórdia. Adjetivos agressivos procriam como mosquitos; dedos justiceiros se movimentam em cardumes virtuais; exibicionismo entope telas; falsos inteligentes se acotovelam em esquinas digitais; recalcados se esbaldam; e a futilidade se propaga com ardor. Essa corrente opiniática rasa não ajuda a comunidade, ela prejudica.

Comunidade significa comunhão, identidade. Confundir opinião argumentativa com esse colapso de manifestações via Internet faz mal para a sociedade.

Quase todas as cidades têm problemas de infraestrutura; não afirmo que são todas, porque ainda não descobri os de Berna, na Suíça.

Resolver problemas comunitários não é coisa para amadores, tampouco para arigós de Internet. Promover melhorias na cidade requer planejamento e comprometimento. É preciso gostar do lugar onde se vive, sem esconder os problemas, muito menos apresentá-los como troféus do aborrecimento. A desgraça honrada atrai mais desgraça.

Deixar de valorizar os problemas não significa ignorá-los feito um tolo faceiro. Digo isso pois sei que o Tio Gilvan, a quem chamo de néscio por acreditar na inocência do Lula, está pronto para alfinetar no Face.

Entendo que quando as coisas estão complicadas, é preciso parar e analisar as alternativas para descomplicar, de forma racional, com ações proativas. Segue um exemplo do que defendo.

Em 1993, quando assumi a Diretoria Municipal do Meio Ambiente de Guaíba, havia um depósito de canos e um lixão na margem da área central da Cidade. Sem recursos financeiros, mas com vontade e apoio de voluntários, criamos o Parque Natural, a “Sala Verde”, o lugar mais bacana da Aldeia. Ao invés de ficar catando culpados, decidi agir e transformar um lixão em parque. É isso que eu defendo. Uma cidade precisa de atitude de seus cidadãos, de colaboração, de união, de crítica construtiva. Uma cidade não precisa de torneios de discórdia na Internet, nem de tagarelas do apocalipse, tampouco de tribunais de visionários abobados.

Se está ruim, é preciso cobrar melhorias do poder público, mas é preciso, também, atuar como cidadão de verdade e não virtual.

Mudanças no Governo Sperotto

Está completando cem dias, o Governo Sperotto em Guaíba. Sempre espero este período para avaliar um governo novo, pois é preciso dar um tempo para que a equipe se acomode e comece a trabalhar. Vou me aprofundar neste tema na próxima semana, mas, para fazer uma preliminar, destaco a dança das cadeiras, o entra e sai de secretários e diretores.

Conforme já informei, a Lecilda de Souza foi demitida da Secretaria de Administração e Recursos Humanos por não ter correspondido ao perfil do Sperotto.

Essa semana, a diretora de Saúde, Luciana Cauduro, oficialmente, pediu demissão, mas segundo a Tia Alaíde também foi solicitada a se afastar, pois não estaria correspondendo às expectativas do prefeito e do Vereador Renan, seu padrinho político, que teria ajeitado o afastamento.

Na Diretoria de Licenciamento Ambiental, o secretário Selito Carboni indicou o engenheiro florestal Ronaldo Dornelles e o prefeito aceitou.

O Graciano Pereira se afastou temporariamente da Secretaria de Obras. O motivo não foi revelado. Na verdade, a Tia Alaíde descobriu e me contou. Está confirmado. O Graciano ocupa a sua cadeira na Câmara Municipal e o suplente Campeão Vargas deixa a Casa.

Na Educação, segue o descontentamento de uma parcela dos professores, devido a postura da secretária Virgínia Guimarães. Já abordei sobre isso aqui na Coluna no início do ano, com forte repercussão.

Neste caso em especial, acontecem duas situações na minha opinião: primeiro, a secretária tem dificuldade para se relacionar, passando uma postura arrogante. Isso está incomodando. A outra situação se refere ao fato da secretária ser a enviada do prefeito para terminar com o comando de professores fora da sala de aula. O Prefeito Sperotto segue sua linha sem se deixar abalar por pressões ou ladainhas, por enquanto faz o que pensa ser o melhor e segue em frente. Até quando essa estratégia vai funcionar, não sei.

Rueiro x Fantasma

O vereador Jonas Xavier disse na sessão da Câmara, no dia 28 de março, que havia funcionário(a) fantasma na Casa. Não disse o nome, apenas afirmou. Eu registrei a afirmação do Jonas aqui na Coluna, mantendo o anonimato, porque o objetivo era divulgar a revelação do vereador, que considerei relevante, pois funcionário público é pago com o nosso dinheiro.

O presidente do Legislativo, vereador Renan Pereira, foi atrás do fantasma e descobriu que se tratava de uma assessora que fazia muitos serviços externos, muitos, mas ele jura de pés juntos, sem figa, que não é fantasma.

Não vou entrar no mérito sobre trabalho externo de assessor parlamentar, mas entendo que deva ser comprovado, não maquiado; comprovado. Sou contra excesso de assessores, sou contra cabide de emprego, como acontece nos parlamentos brasileiros.

E por falar em excesso

O Vereador Renan me disse que promoverá concurso público para o cargo de procurador da Casa. Antes que eu aplaudisse, soube que o cargo de CC para a mesma função vai continuar. Murchei. Cabe ressaltar que a Câmara conta ainda com assessoria do IGAM. É muita assessoria jurídica.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 08/4/17.

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