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Terça-feira, 16 de abril de 2024

26/12/2016 - 09h24min

Leandro André

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O Bem e o Mal

Dia desses, eu conversava sobre a bagaça do mundo com meu amigo Joaquim Mello, nosso colunista do Espaço do Sim, na Gazeta Centro-Sul. Apresentei um quadro pessimista, ressaltando o drama da violência; a fome; a insensatez das guerras, que matam crianças; a corrupção, que também mata crianças. Avancei na tragédia humana, citando o antro de ódio e intolerância nas redes sociais; a ignorância endêmica nos povos subdesenvolvidos, usados como massa de manobra pelo populismo, e as consequências disso.

Mergulhei a conversa numa nuvem escura, densa, carregada de partículas ruins. O Joaquim me escutava em silêncio de luto, quando reagiu de repente. Ele fez um contraponto ao meu pessimismo, dissipando a nuvem carregada em que eu havia me metido.

O autor do Espaço do Sim ponderou que a maioria da humanidade é do bem, argumentando que se fosse o contrário a vida seria impossível. Destacou que a maioria das pessoas trabalha, estuda, vive com suas famílias e se preocupa em construir. Lembrou que muitos ajudam o próximo; que a solidariedade é forte. Meu amigo começou a citar a quantidade de instituições espalhadas pelo Planeta que se dedicam em ajudar as pessoas, os animais, e a preservar a natureza; enumerou músicas fantásticas; espetáculos emocionantes; invenções importantíssimas e os tantos exemplos extraordinários de vida.

Minha visão pessimista do mundo não está errada, tampouco a visão otimista do Joaquim. No entanto, se contabilizarmos o bem e o mal, percebemos que, realmente, o bem vence de goleada. Acontece que temos a tendência de olhar a metade do copo vazio. O drama do mal chama mais a nossa atenção, não sei se por medo ou por costume. Pode ser, também, que esse destaque do negativo faça parte de uma manobra comercial institucionalizada no mundo globalizado, considerando que o medo vende bem.

Nesta coluna de Natal, decidi compartilhar a reflexão que fiz com o Joaquim, nosso colunista do “Espaço do Sim”. Está explicado por que ele assina uma coluna com este título.

Não podemos fechar os olhos para a imagem daquelas crianças da Síria, empoeiradas e feridas, em estado de choque após suas casas terem sido bombardeadas, matando seus pais e irmãos. Não podemos fechar os olhos para a as crianças que passam fome e são exploradas no Brasil em decorrência da corrupção; não podemos fechar os olhos para o mal que insiste em marcar território neste Planeta cheio de contradições e de injustiças sociais. No entanto, também não podemos fechar os olhos para os bons exemplos da Humanidade, pois, se fizermos isso, estaremos nos entregando para a minoria do mal, o que seria o maior de todos os erros.

Continuarei sendo crítico, apontando os erros e os malfeitos, tentando contribuir para melhorar a minha Aldeia e, consequentemente, o mundo. Não posso abrir mão do meu papel de cidadão. Mas, depois da conversa com meu amigo Joaquim, sempre que mergulho na densa nuvem do mal, busco a brisa do bem nos exemplos positivos que estão por toda parte. Aqui na Aldeia, olho para o trabalho do Projari e escuto a sua orquestra; contemplo a grande mesa do Lar Irmã Esther; a distribuição do Banco de Alimentos; a APAE acolhendo e incluindo. E curto a Sala Verde nas tardes de domingo, escuto o Christian Silva (violonista), o Roger Corrêa (gaiteiro), o solo de guitarra do Coutinho, o Coral Canto e Encanto, a Fofa Nobre e os jovens músicos da Fábrica de Gaiteiros. Caminho no Calçadão da Beira com a minha neta tagarela e questionadora. Mergulho nos bons exemplos, sintonizo o bem, respiro fundo e sigo em frente.

A Entrevista do Prefeito

Essa semana, o prefeito de Guaíba, Henrique Tavares, reuniu a Imprensa local para fazer um balanço das duas gestões em que esteve no comando da Aldeia. Confira nesta edição.

Henrique Tavares não deixou escapar nada de importante que aconteceu durante o período de seus governos, desde 2009, mesmo as obras feitas com recursos do Estado ou da União. Nas festas de final de ano, certamente haverá quem o critique por isso. Mas, na verdade, verba do Estado e da União são nossas, pois são geradas nos municípios e transferidas para Brasília, retornando míseros 13%. Então, tem que contabilizar como ações locais as obras com recursos federais.

É importante ressaltar, também, que se o Município não corre atrás dos projetos e se habilita, as coisas não vêm.

Por motivos estratégicos, o Henrique não fez comentários sobre o acúmulo de lixo na Cidade e também não falou dos buracos nas ruas. Isso ficou para este colunista comentar na última coluna do ano, quando farei uma análise dos trabalhos do Executivo e do Legislativo.

Retrospectiva do Ano

Na próxima edição, a Gazeta Centro-Sul abre seu arquivo e publica a Retrospectiva 2016. Vale conferir.

Novidades em 2017

Teremos novidades na Gazeta Centro-Sul em 2017, mas por enquanto não adianto nada, só provoco a curiosidade. Feliz Natal!

Leandro André

[email protected]

Publicado em 24/12/16.

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