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Sexta-feira, 29 de mar�o de 2024

23/05/2016 - 09h29min

Leandro André

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O Mercado da Democracia

Em alguns lugares, a democracia funciona como um mercado de compra e venda de apoios políticos. Um número significativo de eleitores também participa do comércio de votos. O resultado disso é uma conta pesada.

A bloco da situação, formado por políticos apoiadores do governo, é o mais forte, porque tem a moeda mais valiosa para negociar: os cargos. A oposição, geralmente, é barulhenta, mas não resiste a alguns cargos taludos. Isso acontece nos municípios, nos Estados e no Governo Federal. Há, também, a modalidade de compra de votos no parlamento em parcelas, conforme aconteceu no Governo Lula, com o Mensalão.

Aqui na Aldeia, a oposição praticamente não existe. É preciso um número de seis vereadores na Câmara Municipal para barrar a pauta do Legislativo ou abrir uma CPI. No entanto, quando vai fechar o grupo de seis, surge uma vaga de secretário, de diretor ou de secretário adjunto no Executivo e termina a brincadeira. Isso não é uma manobra política local, é geral.

Nestes anos cobrindo política na Aldeia já vi muita metamorfose. Líder intelectual da oposição virar secretário da noite para o dia; assinatura em CPI ser retirada em troca de cargo no governo; crítica pesada transladar para mensagem mansa, considerando a próxima aliança; oponentes se tornarem íntimos, e íntimos em oponentes. É uma farra elástica e mutável.

A Farinha e o Pão

Em relação às eleições deste ano, percebo uma oposição de bastidores e muitas conjecturas. Especialistas em suposições dão palestras em reuniões privadas; vazam vontades e sonhos a granel, mas até agora nada de realmente novo na Aldeia. Percebo que enquanto a oposição decide quando comprar a farinha, a situação já entregou o pão. Forte, essa!

Eu estava lá

Tem alguns amigos e conhecidos petistas que estão bravos comigo, porque tenho feito críticas duras ao Lula e seus apoiadores. Alguns não me cumprimentam mais.

Minhas críticas ao Lula e ao PT (nacional) são duras, porque o Lula e o PT me enganaram. Há trinta anos eu participava dos comícios do Lula, ia a todos os que aconteciam em Porto Alegre.

Na minha juventude, fui um militante de esquerda, lutava por democracia desesperadamente. Os jovens de hoje não sabem o que é viver sem liberdade de expressão.

No palanque, o Lula prometia terminar com a agiotagem do sistema financeiro, com as obras superfaturadas; prometia um País sem corrupção. Em um destes comícios, levei minha filha, na época com quatro anos. Esperamos por horas para ver o Lula falar, e quando ele apareceu, coloquei minha filha na garupa. Queria mostrar pra ela o novo líder de um novo País que estava surgindo. Sim, fiz isso.

Ninguém me contou sobre as promessas do Lula e do PT, também não li em livros ou assisti documentários, eu estava lá. Por isso que hoje há uma multidão de críticos do Lula. Por isso chamo de néscios aqueles que estavam lá comigo e ainda defendem o Lula. Se não são néscios, são o quê?

Eu sei que a corrupção sempre existiu, que os partidos tradicionais também estão cheios de corruptos, mas o Lula prometeu terminar com isso, e, além de não cumprir, permitiu que o problema se agravasse. A corrupção foi sistematizada no seu Governo. Não é suposição, é fato.

Sim, existem pessoas boas em todos os partidos, inclusive no PT, mas o assunto aqui é traição a uma geração inteira.

Alívio para o Deputado Volnei

Julgamento do TRE, na quarta-feira, 18, foi pelo arquivamento do processo movido pelo PR, pedindo a perda de mandato do Deputado Missionário Volnei, que trocou de sigla, filiando-se ao PSC. Dos seis desembargadores, quatro votaram pelo arquivamento, um se absteve e um pediu vistas.

A Comunicação com a Celupa

Com esta função da Celupa ser interditada, a Gazeta Centro-Sul tentou ouvir a versão da empresa, mas não foi uma tarefa rotineira como estamos acostumados. Fomos informados, na sede de Guaíba, que ninguém estava autorizado a falar sobre o caso e nenhuma alternativa nos foi passada. É difícil contatar com a direção da Celupa. Já aconteceu antes.

A edição desta semana já estava em fase de finalização, a equipe da gráfica em posição, eu terminava de escrever esta coluna, abordando sobre o quanto está ultrapassado se distanciar da Imprensa, quando, aos 45 do segundo tempo, a assessoria da Celupa, em São Paulo, enviou e-mail com uma nota da empresa, que foi inserida na matéria da página 4.

Aproveito para sugerir que a Celupa reveja seu conceito de comunicação com a comunidade onde atua. É uma empresa que faz parte da história de Guaíba e Região, emprega quase duzentos trabalhadores diretos, portanto tem a sua importância econômica e social no Município. Abrir um canal direto com a Imprensa local é, antes de tudo, um sinal de respeito e comprometimento com a sociedade.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 21/5/16.

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