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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

25/04/2016 - 14h11min

Leandro André

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A Pauta da Gazeta

A Gazeta Centro-Sul é um jornal regional, portanto seus leitores buscam notícias locais e opiniões sobre as questões da sua aldeia, aquelas que não estão na TV ou nos jornais de abrangência nacional. No entanto, há temas nacionais que interferem na vida de todos, independentemente da região onde se vive, então é preciso abordá-los.

Os alimentos estão caros em todo o Brasil e os preços continuam subindo; o desemprego também está aumentando em todas as cidades. Estes são temas nacionais que castigam a população e que têm origem na política partidária e no nosso voto. Então, vamos lá.

“Pela tia que me criou”

No domingo, 17, a Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impeachment da Presidenta Dilma no Senado. Eu assisti toda a sessão de votação pela TV.

Deus, mães, filhos, esposas; a tia que criou o deputado e até a paz em Israel foram citações durante os votos da turma do “Sim”. Poucos argumentaram com consistência. Teve, também, a festa da deputada abobada que elogiou faceira o marido prefeito de Montes Claros (MG), na véspera dele ser preso pela Polícia Federal. O abjeto deputado Bolsonaro dedicou o voto a um torturador.

A turma do “Não” gritou enfurecida, como se fosse o ronco dos probos, só que não. O deputado e ex-big brother Jean Wyllys chamou seus oponentes de canalhas e cuspiu no Bolsonaro, numa exibição desvairada. Os situacionistas passaram a impressão de que acreditam mesmo que a corrupção passa longe do Governo que defendem. Para eles, maquiar a economia para se reeleger e corrupção carimbada não contam.

O comandante do espetáculo, Eduardo Cunha, réu no STF, cheio de dinheiro de propina em contas no Exterior, foi chamado de ladrão várias vezes, mas permaneceu quieto feito um sapo maduro no brejo à espera da mariposa.

Um pastor baiano, entre tantos do numeroso comando evangélico na Câmara, disse uma coisa interessante: “A soberba precede a queda”. Pode ser piegas, mas se encaixa como uma luva para Lula e Dilma.

Não foi de paraquedas

Muita gente se chocou com o nível político dos nossos deputados federais, mas não adianta ficarmos chocados com isso, pois eles representam o povo brasileiro. Eles não chegaram lá de paraquedas.

A Realidade

A Dilma escondeu a realidade da economia do País para se reeleger, mas a verdade veio à tona e ela deverá cair por isso. O Lula ilusionista, amigão do banqueiro e dos grandes empreiteiros, se não for preso poderá ser eleito novamente. O meigo Temer surfa na onda da perfídia, como se não tivesse nada a ver com a Dilma. E o Eduardo Cunha, o comandante vingador, depois de engolir a mariposa, vai pra panela.

O PT que liderou o movimento de impeachment do Collor, que incentivou as manifestações populares nas ruas contra a corrupção, que batia nos banqueiros e nas grandes empreiteiras, pulou a cerca e agora se queixa de golpismo.

A Lição

É triste ver uma presidente eleita pelo povo ser impedida; de ver o “pai dos pobres” se revelar o chefão dos grandes empreiteiros; de ver argumentação patética; de ver a traição assumir o lugar do voto; de ver religião em cores partidárias; de ver opção sexual como justificativa de voto; de ver um deputado cuspir no outro em plena sessão; de ver um líder ser chamado de ladrão pelos seus pares.

É triste ver críticos escondidos atrás de máscaras; de ver jovens apedeutas atacando a imprensa; de ver clichê malsão substituindo argumento. É triste este momento em que vivemos no Brasil, mas pior do que toda esta tristeza seria viver uma falsa alegria. Que tudo isso sirva para valorizarmos mais o nosso voto.

Em outubro, teremos eleições municipais.

Os Néscios

Quando chamo de néscios aqueles que ainda defendem o Lula, não estou sendo leviano ou oportunista, estou emitindo a opinião de quem acreditou no discurso do Lula há 30 anos e que presenciou a sua incoerente prática política.

A Brigada Militar e a Sociedade

A tenente-coronel Bianca Burger, que assumiu recentemente o comando do 31º BPM, está mostrando serviço e já conquistou o respeito da sociedade local.

Em encontro com empresários e lideranças essa semana, ela mostrou o resultado do trabalho da BM e falou sobre as dificuldades enfrentadas, ratificando a sua intenção de trabalhar com a comunidade.

Na sessão da Câmara de terça-feira, 19, os vereadores adiaram a votação do projeto do Fundo Municipal de Prevenção à Violência, que previa o repasse de R$ 10 mil do Executivo. O valor foi considerado baixo pela oposição e os vereadores da situação concordaram que deveria aumentar. Com isso, a bancada de sustentação do Governo se reuniu com o prefeito Henrique Tavares para ampliar o valor. Como a Prefeitura está com dificuldades de caixa, a Câmara irá repassar R$ 40 mil ao Executivo, que juntará aos R$ 10 mil já reservados, chegando a R$ 50 mil para o Fundo. Será feito um substitutivo no projeto de lei. Se houver acordo de lideranças, poderá ser votado já na próxima terça-feira.

Segurança pública é dever do Estado, mas como o Governador Sartori está contando moedas para pagar salários, é ilusão esperar alguma coisa do Piratini.

Eu entendo que, se o Município tem R$ 50 mil pra cavalgada, deveria ter mais para ajudar a Brigada Militar, considerando que a insegurança na Aldeia é assustadora, apesar do esforço das polícias.

Fez muito bem a oposição em bater pé contra os R$ 10 mil. Elogiável, também, a atitude dos vereadores da situação em reconhecer a necessidade de melhorar o apoio à Brigada Militar.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 23/4/16.

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