18/04/2016 - 09h49min
Na campanha eleitoral para a Presidência do Brasil, em 2014, a Presidenta Dilma disse que a inflação estava sob controle; o custo da energia elétrica teve redução de 30% e o preço da gasolina ficou estável. Dilma garantiu que as contas públicas estavam equilibradas e que o Brasil crescia; só que não.
O desarranjo foi colocado para baixo do tapete na campanha eleitoral. A Presidenta escondeu a realidade para se reeleger e, assim que conseguiu, a ficção se dissolveu. A conta da luz aumentou cerca de 60%, a gasolina subiu de preço, a inflação disparou, a crise ficou feia e o desemprego entrou em cena, castigando as famílias.
A dívida pública atingiu R$ 32 bilhões em 2014 e R$ 111 bilhões em 2015 (maior da história); tudo tapeado com as tais pedaladas fiscais. Essa semana, o FMI fez previsão de que, em 2017, a dívida do Brasil irá ultrapassar 80% do PIB.
Os urubus do PMDB, Michel Temer e Eduardo Cunha, se aproveitam dessa bagaça, que ajudaram a construir, e articulam o impeachment da Presidenta. Todos farinha do mesmo saco, embolorando.
Como já disse antes, considerando que a reeleição de Dilma e Temer foi em cima de uma mentira, fingindo uma economia estável, e, ainda, a denúncia do ex-líder do Governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT), de que a chapa teria utilizado dinheiro de propina, desviado da Petrobras, o correto seria anular a eleição para a Presidência e fazer nova. Democracia só existe com eleição limpa.
Se fosse dito ao povo, em 2014, que a dívida do Brasil era absurda, que iria resultar em inflação alta e desemprego, Dilma e Temer teriam sido reeleitos?
Nesse domingo, 17, a Câmara dos Deputados aprovou, por 367 votos, a autorização para abertura do processo de impeachment da Presidenta Dilma no Senado.
Impressionante a baixa qualidade política demonstrada pelos deputados. Em geral, uma argumentação frágil, com viés religioso e familiar. Mas, como já disse o ex-deputado Ibsen Pinheiro, toda a sociedade está representada no Congresso Nacional. Forte, essa.
A Dilma escondeu a verdade para se reeleger, mas a verdade veio à tona e ela vai cair por isso. Assim tem de ser.
Os Fatos
Roubaram muito dinheiro da Petrobras, com obras superfaturadas e negócios deficitários; a dívida pública do Brasil, acumulada nos últimos dois anos, ultrapassa R$ 143 bilhões (estou tentando imaginar este número); a inflação disparou depois das eleições de 2014; o desemprego não para de crescer; a vida dos brasileiros está dura; e a política partidária se consolida como um balcão de negócios. É triste, mas estes são os fatos, e contra eles não se pode brigar.
Para mudar este quadro trágico, é preciso que a maioria do povo brasileiro deixe de depender de esmola governamental e pare de eleger políticos como Collor, Sarney, Renan Calheiros, Temer, Eduardo Cunha, José Dirceu, Lula e companhia.
Outra coisa que me impressiona, além do Cunha comandar o espetáculo, são as pessoas que ainda acreditam no Lula e na “pureza” da cúpula do PT. É de cair os butiás dos bolsos!
Bastidores Políticos na Aldeia
Depois que o Maranata (PR) finalmente decidiu assumir o lado da oposição, ele vem costurando alianças com o PDT e parte da corrente evangélica. Acontece que a Assembleia de Deus e a Batista Filadélfia sinalizam com independência; não estão dispostas a levantar bandeiras partidárias. Foi o que me disse a Tia Alaíde.
Ainda nessa questão de segmento evangélico, há um grupo unido (várias igrejas pequenas), buscando defender uma proposta “política” para a Cidade. Destes, há quem apoie o Maranata; outros, um candidato do Solidariedade, que componha com a chapa de Sperotto (PTB). No início de maio, o partido do Janta irá decidir posição. Eu ainda não entendi qual é a do Solidariedade. Ou será que entendi?
Correndo por fora, com a bandeira da oposição e de um novo modelo de gestão, vem o PSB, do Beto Quadros, e o PSDB, do Derli Tolotti e demais caciques locais, que estão em namoro firme. O PDT é bem-visto neste grupo oposicionista, mas há uma ala taluda no partido de Brizola disposta a apoiar o Maranata.
E tem os nanicos que estão se articulando e conversando entre si e com diferentes correntes.
Plantão 24 horas na DP
Estou cobrando do Vereador Chacrinha (PMDB) a volta do Plantão 24 horas na DP local, considerando a sua ligação com o governador.
Recentemente, uma comissão de lideranças de Guaíba foi tratar do assunto com o Chefe de Polícia. Blá-blá-blá no sofá.
É preciso continuar pressionando. Plantão em Canoas tira viaturas e PMs do policiamento local por longos períodos.
Secretaria de Governo
Julian Narciso (Solidariedade) assumiu a Secretaria de Governo. Para ajudar o jovem político, o prefeito determinou que o secretário de Gestão, Beto Scalco, o assessore.
O fortalecimento do Solidariedade no Governo enfraquece a possível candidatura do PP e do Maranata. O Pedro Tavares não dorme no ponto.
Área para o Ecoponto
Finalmente, a Prefeitura de Guaíba desapropriou área para implantar um grande ecoponto a fim de recolher material inerte (ver matéria nesta edição). Um passo importante para limpar a Cidade. Venho batendo nesta tecla faz tempo.
Leandro André
Atualizado em 18/4/16.
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