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Sexta-feira, 29 de mar�o de 2024

11/02/2016 - 14h11min

Leandro André

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Por trás do fogo

Em janeiro de 2015, a Gazeta Centro-Sul publicou uma reportagem sobre a “Crise nos Bombeiros”. Praticamente, continua tudo igual um ano depois. Você pode conferir, é só ir no site da Gazeta (Buscar notícias) e digitar o que está escrito entre aspas aí em cima.

Fogos de Artifício

Nas redes sociais, há muitos que julgam e condenam, flutuando na leviandade. No jornalismo, trabalhamos com provas e apuramos as informações e os fatos. Nas redes sociais e na cena do sinistro, li e ouvi que o incêndio da Rua Cônego Scherer foi provocado por um foguete lançado durante a procissão de Iemanjá. Não podemos afirmar isso, pois ainda não foi divulgado o laudo oficial e não tivemos acesso a uma imagem que confirme esta suspeita. No entanto, independente da causa do incêndio, quero falar sobre fogos de artifício.

Segundo o comandante dos Bombeiros de Guaíba, não existe lei contra soltar foguetes. Fui surpreendido, pois pensava que existia. A legislação faz sérias restrições sobre a venda dos fogos de artifício e o uso em eventos específicos. Mais uma esquisitice bem brasileira.

Câmera Estragada

Segundo o vereador Manoel Eletricista (PPS), a câmera de monitoramento, localizada na Rua Cônego Scherer, não gravou imagens, que poderiam auxiliar nas investigações, porque estava estragada. É de cair os butiás dos bolsos!

Entrevistei o Comandante

Essa semana, eu estive no Quartel dos Bombeiros em Guaíba e entrevistei o comandante local, sargento Paulo Eduardo. Abordei alguns pontos, que resumo a seguir.

Caminhões: são três para atender seis municípios da Região. Um está funcionando, um está na Expresso Rio Guaíba para conserto, e o terceiro veio como doação da Alemanha e está parado, aguardando manutenção de equipe do País de origem.

O caminhão poderoso, com escada especial, que também foi doado pela Alemanha na década de 1990, recebido na Aldeia com pompa e circunstância, foi devolvido para o Município. Segundo o Sargento Paulo, o custo benefício para manter o caminhão não compensa. O ex-comandante, tenente Lauro Henkes, me disse que vale a pena investir cerca de R$ 50 mil para recuperar um veículo que custa R$ 1 milhão. E agora?

Um veículo novo que veio para a Copa do Mundo aguarda documentação, que tramita em Brasília, para entrar em operação. Copa do Mundo; Brasília. Que espetáculo!

Cobra, mas falha. Questionei sobre o fato dos Bombeiros cobrarem o Plano de Incêndio e o cumprimento de todas as resoluções, mas falharem na hora de prestar o serviço, conforme aconteceu no início do combate ao fogo na segunda-feira. O comandante esclareceu que cumprem o que determina a lei. Quanto aos problemas com manutenção de equipamentos e o pequeno efetivo, disse que são falhas do Estado.

Hidrantes. O comandante me disse que tem hidrantes em número suficiente em Guaíba e estão funcionando. Explicou que os instalados nas partes altas da Cidade, como os próximos da Cônego Scherer, têm pouca pressão. Fiquei intrigado. Para que serve um hidrante sem pressão? De mochinho, talvez.

Apoio aos comerciantes

Foi realizada uma reunião na Acigua nessa sexta-feira, 5, com os comerciantes atingidos pelo incêndio, visando criar uma estratégia de apoio. De acordo com Beto Quadros, a entidade vai prestar apoio jurídico e intermediar doações de empresas. A Prefeitura está buscando a liberação de empréstimo especial, via Badesul, destinado a casos como o que aconteceu no dia 1º. Representante do proprietário do prédio, onde estavam as lojas, anunciou a intenção de iniciar a restauração imediatamente. Este tipo de união e apoio é fundamental.

Tarantino na CMPC

No final da manhã de quinta-feira, 4, a direção da Celulose Riograndense reuniu lideranças da Aldeia e a Imprensa para apresentar a sua estrada privada. Ver matéria nesta edição. A plateia de caciques lotou o Auditório da empresa. Depois, teve visita à Estrada e almoço.

Tudo acontecia de acordo com o programado, quando lá pelas tantas a política partidária aflorou. O vereador Alex Medeiros (PP), que estava sentado estrategicamente ao lado do Maranata (PR), levantou e perguntou ao prefeito Henrique Tavares (PTB) se ele tinha projetos para a Mobilidade Urbana neste ano. Criou-se um climão no recinto. O prefeito tentou despistar e tal, mas o Vereador Alex insistiu: cobrou os nomes das ruas a serem pavimentadas. Queria relação, orçamento e plantas.

Representante da Associação de Moradores do Bairro Alegria, depois de elogiar o presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio, e ressaltar que a comunidade da Zona Sul precisa de atenção, pediu ao prefeito que a sociedade participe efetivamente do processo de revisão do Plano Diretor, que irá acontecer este ano. O prefeito, que chegou ao encontro de sangue doce, bronzeado da praia e focado no cardápio do almoço, começou a ficar branco feito um Daniel Andriotti.

Diante da pressão inesperada ao Cacique Máster, o Vereador Chacrinha (PMDB), como um xerife ferido por flecha, fez intervenção cinematográfica. Disse que não era hora nem local para aquele debate, encerrando a trama política, que assumia a identidade de Tarantino. Este ano de eleições promete.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 6/2/16.

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