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Quinta-feira, 28 de mar�o de 2024

26/10/2015 - 09h01min

Leandro André

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Prefeitos e Vereadores

Falta menos de um ano para as eleições que irão eleger os futuros prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros. Menos de um ano. Os nomes dos candidatos começam a surgir em lutas partidárias nos bastidores, bem distantes dos eleitores. O povo reclama, critica, resmunga, mas não decide nomes de candidatos. Quem decide são os mandachuvas, enquanto o povo resmunga, assiste futebol e novela. É assim que funciona.

Na mesa das coligações partidárias, o potencial de votos dos titulares e reservas, o número de secretarias e de cargos. Um campeonato de poder se desenvolve neste período pré-eleitoral. As partidas vão ficando cada vez mais decisivas na medida em que se aproximam as eleições. A torcida dá palpite, mas quem manda são os cartolas. É assim em todos os municípios; todos.

Em Guaíba, os pré-candidatos estão em treinamentos fechados. De vez em quando, deixam escapar algum nome para a Tia Alaíde. A ideia é divulgar e observar a reação dos adversários. Se assusta ou inquieta, pontos a favor; do contrário, segue a peneira.

Os Pré-candidatos

Aqui na Aldeia Farroupilha, alguns nomes de pré-candidatos começam a conquistar a vaga de titular. O José Sperotto (PTB) é um dos mais cotados, pois já foi deputado, fez boa votação em Guaíba; concorreu duas vezes e bateu na trave. Ele não assume sua candidatura, despista para se preservar, mas já se aquece e faz alongamento no vestiário. É nome da situação e isso gera uma dúvida tremenda, pois se o tal Hospital Regional não for inaugurado e as ruas continuarem sujas e esburacadas, a situação fica enfraquecida. A luz amarela está acesa.

Do outro lado, dois ex-vice-prefeitos demonstram disposição: o Beto Quadros (PSB) e o Maranata (PR). Apesar de já terem ocupado a sala do lado, querem ocupar a sala principal. O Beto já chutou o balde e saiu do trem da alegria há mais tempo, recusou o papel de coadjuvante do PMDB e embarcou na Maria Fumaça da oposição.

O Maranata se divide entre lá e cá. Faz discurso de oposição, mas cola no Henrique Tavares nos eventos. Abraça e beija todos na estação da simpatia aditivada. Tem o apoio de boa parte da comunidade evangélica, mas ainda falta um tanto para assumir o controle da Maria Fumaça.

Uma nova via da oposição se articula, pregando novo modelo de gestão. Caciques se unem e constroem estratégia para assumir o controle da Aldeia. Debatem sobre quem tem mais empatia com a população e mais possibilidades de sustentar o novo. Eis que surge o nome do médico Luiz Derli Tolotti, com bom trânsito na comunidade. Divulguei a possível indicação tucana na semana passada, gerando frisson no meio político. A revelação da Tia Alaíde agitou.

E neste jogo, surge o DEM, promovendo o Ivan Barcelos como pré-candidato a prefeito. No entanto, apesar da disposição do deputado Onyx Lorenzoni de lançar uma candidatura própria e nova, o DEM é situação até debaixo d’água, com dois secretários e CCs no Governo Henrique. Virar a casaca aos 40 do segundo tempo vai ser complicado.

O PMDB, consagrado papa vice, tende a seguir a mesma linha.

Falta Pouco

Por trás da muralha do ranço é possível ver que falta pouco para Guaíba se transformar numa cidade bacana, daquelas que lideram o ranking positivo. O Hospital funcionando, as ruas pavimentadas e limpas, além da Beira. O sistema de tratamento de esgoto em operação, as praias limpas, o transporte coletivo de qualidade e vagas na Educação Infantil.

– Só isso? Questiona meu amigo cético, com ironia.

Sim, parece muita coisa, mas não é, considerando que há processos em andamento e que a receita vai dar um salto a partir de 2017.

Mas é preciso atentar para um detalhe muito importante: de nada adianta a receita aumentar se o Município continuar gastando mal e apagando incêndio.

O futuro prefeito terá todas as ferramentas para fazer um bom governo. O melhor de todos. Se tiver vontade, se for comprometido com o Município e não com cargos; se for capaz de montar uma equipe competente, disposta a adotar um modelo de gestão moderno, embasado no planejamento, um novo horizonte vai se abrir na Aldeia.

Os Vereadores

Em tese, os vereadores são os representantes políticos da população no Município. São eleitos para defender a causa popular, para fiscalizar o Executivo e o uso do dinheiro público.

Os vereadores não são eleitos para brigar por cargos, para dar amém ao Governo ou para protagonizar lambança na Câmara. Não. Mas isso acontece porque o voto é desprezado. Pouca gente lembra em quem votou para vereador.

Antes da sessão de terça-feira, 20, um fenômeno aconteceu na Câmara Municipal de Guaíba: havia 17 vereadores para as 16 cadeiras. O Professor Bosco (suplente-PR) decidiu terminar com o rodízio do Solidariedade, assumindo como vereador, mas o Solidariedade reagiu e o Romeu Orestes retornou da licença. O Bosco não assumiu, mas trancou o rodízio.

É de cair os butiás dos bolsos!

Leandro André

[email protected]

Publicado em 24/10/15.

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