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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

04/05/2015 - 10h07min

Leandro André

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Uma Cidade Dentro da Cidade

Depois do GreNal deste domingo, 3, entrou em operação a nova fábrica da Celulose Riograndense. Na quinta-feira, participei de uma visita à planta industrial junto com colegas jornalistas do Estado. Parecíamos formigas de cabeça laranja entre estruturas gigantescas de aço e concreto. É uma cidade dentro da cidade. Prédios, megacilindros de lata, escadinhas, escadas e escadões. Ruas, estacionamentos, chaminés, pilhas e pilhas de toras, montanha de cavacos, canos de todos os tamanhos; muitos canos. Guindastes, shopping, escritórios, depósitos, rodoviária, restaurantes, navios e porto.

Sala da Nasa

O comando de tudo na Cidade de Aço é integrado e informatizado. A Sala de Comando Central lembra a Nasa, conforme aparece nos filmes. Veja a foto na contracapa desta edição impressa. Tecnologia de ponta, com técnicos de vários países em frente aos telões dos computadores. Junto deles, ex-alunos do Gomes Jardim, técnicos em celulose, formados na tradicional Escola da Aldeia. Forte, essa!

Um Big Brother observa tudo o que se mexe na fábrica e o que está relacionado com ela. Na Central de Operações Integradas, os técnicos vigiam os caminhões carregados de madeira nas estradas. É isso mesmo. O diretor Industrial, José Ventura, me mostrou como funciona. O caminhoneiro para lá no Posto Ipiranga para um cafezinho e imediatamente o Rodrigo e seus colegas identificam a parada no telão. “O 142 parou no Posto Ipiranga no km 320 na BR-290!”. Se há muitos caminhões para ingressarem na Cidade e isso vai causar congestionamento na Avenida Castelo Branco, o Big Brother entra em ação e orienta os caminhoneiros a pararem em um dos estacionamentos estrategicamente localizados na periferia até o fluxo normalizar. Se eu não tivesse visto com meus olhos, não acreditaria.

Sobre o Cheiro

Sim, ao perceber o tamanho da estrutura, logo me lembrei do cheiro. E se acontecer um vazamento qualquer? O diretor-presidente, Walter Lídio, já havia informado que o sistema é seguro e tal. Mas durante a visita à Sala da Nasa eu questionei as técnicas, uma brasileira e outra finlandesa, responsáveis pelo controle de gases. Disse a elas que morava na Aldeia e estava preocupado com um possível vazamento, considerando o tamanho de tudo na volta. Arregalei os olhos instintivamente. Fui informado mais uma vez que o sistema é totalmente vedado e que jamais vai faltar energia na fábrica, o que evita vazamentos, conforme acontecia de vez em quando com a fábrica velha. Tomara.

Presidente Faceiro

Na entrevista coletiva, foram feitas perguntas sobre o preço da celulose, sobre o comportamento do mercado e da concorrência. O Walter Lídio despistou, mas admitiu que a estrutura de custo da fábrica local e a logística são boas vantagens sobre os concorrentes. Sorriu de faceiro.

Inauguração Oficial

Nos próximos seis meses, a produção vai passar por uma curva de aprendizado, com ajustes, até que tudo esteja tinindo.

Eu descobri que a inauguração oficial da fábrica está prevista para acontecer no dia 21 de setembro, Dia da Árvore, com a presença da Presidenta Dilma.

Espero que tudo o que foi dito e mostrado na quinta-feira funcione, pois isso significa muito para quem vive aqui na Aldeia.

De parabéns, o Walter Lídio e sua equipe. Conseguiram cumprir prazos, compromissos, e realizar uma megaobra com excelência, com atenção especial aos trabalhadores e à população local.

Lambança do IPTU

Os carnês do IPTU estavam na boca da impressora na quinta-feira, 30, quando acendeu a luz vermelha. Para tudo! Uma liminar da Justiça levou à suspensão da Lei da Nova Planta de Valores, que serve de base para definir os valores do IPTU. Se a Prefeitura de Guaíba tivesse cumprido o que anunciou na Imprensa, que os carnês seriam emitidos pelos Correios no dia 15 de abril, a lambança que já é grande seria ainda maior. Como poucas coisas acontecem na Prefeitura conforme o que é anunciado, o prejuízo foi menor desta vez.

Havia grande esculhambação em relação ao cadastro de imóveis na Prefeitura. Isso gerava muitas distorções: proprietários de imóveis simples pagavam mais IPTU do que donos de mansões. Isso é fato e quem mora em Guaíba sabe do que estou falando. Então veio o estudo e o satélite espião, flagrando construções não registradas.

Não quero ser chato, mas alertei sobre a importância da participação nas audiências públicas que trataram desta questão, porém poucos deram bola para o meu alerta, incluindo os vereadores.

Depois de tudo definido, alguém fez os cálculos, e percebendo que teria de pagar muito mais IPTU pelos seus onze apartamentos, botou a boca no alto-falante. O povo bradou. A oposição entrou com uma ADIN na Justiça e, dois meses depois, eis que surge a liminar paralisante.

Se a cultura tosca de empurrar as coisas com a barriga já tivesse sido superada na Aldeia, essa lambança não existiria. Agora, é esperar para ver quem tem razão: os vereadores de oposição ou o prefeito que insiste no discurso do tiro no pé.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 1º/5/15.

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