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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

29/12/2014 - 09h16min

Leandro André

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Um Ano Nota 7

O ano termina, então temos que sentar numa poltrona confortável ou embaixo de uma árvore e refletir sobre o ciclo que se encerra. Temos que fazer isso para não perder o rumo. Quem não para de vez em quando perde o rumo.

A minha reflexão começa em casa e segue pela cidade, Estado, País, Planeta, e se vai pelo Universo. Eu voo longe, mas as partidas e as chegadas são sempre aqui na Aldeia.

Lutei para que o colesterol bom subisse e o ruim descesse. Não foi fácil, mas eu insisti e vou continuar insistindo nesta equação cruel.

Curti a minha neta e me surpreendi com um avô bacana que estava escondido dentro de mim. Troquei o medo de ser avô pela alegria ter uma neta. E esta troca tem me rendido muita felicidade.

Aqui na Aldeia, onde moro há mais de 30 anos e criei raízes profundas, aconteceram oscilações importantes neste 2014 que vai saindo de cena e entrando para a história.

Um mar de gente invadiu a Aldeia por água e por terra. Vieram visitar e trabalhar. Gente de todas as cores e origens, de chapéus e máquinas fotográficas, de mãos calejadas e peitos apertados de esperança e de saudades.

Quanta gente falando esquisito no supermercado e no Calçadão, com sotaque nordestino, mineiro, paulista e carioca. – Licença, meu rei!

Fiquei parado e irritado em muitos congestionamentos em frente à Prefeitura; não encontrei lugar para estacionar no Centro; me assustei com a confusão na São José. Fiquei impressionado com um gigante de lata e concreto que se instalou na Zona Sul. Um transformer dos grandes passou a morar ao lado do Portão da Alegria.

Pedras fundamentais não param de ser lançadas aqui na Aldeia. Ando com medo de passar pela Estrada do Conde e levar uma pedra fundamental na cabeça.

Fenômenos incríveis aconteceram no terrenão da Ford. Entre uma pedra fundamental e outra, continuaram procurando flechas e restos mortais do bisavô do Juruna. E nesta terra de festas nas moitas, antes mesmo de colocarem o primeiro tijolo na fábrica da Foton, um chinês cruzou o Oceano para anunciar: o que ainda não chegou será ampliado. Forte, essa!

Mas também me emocionei de verdade neste ano, quando fui presenteado no Projari com um concerto de violinos, oferecido por pequenos e talentosos músicos da periferia. Me emocionei com o Inter fincando raízes por aqui; com o nascimento do parque ecológico no Morro da Hidráulica, um sonho que começou a se tornar realidade, plasmado na luta de um comando de Tios Leopoldos. E me emocionei bastante, também, com o monte de gente assinando a Gazeta Centro-Sul em plena avalanche de redes sociais.

Por outro lado, me indignei mais uma vez com a falta de planejamento; com o lixo nas ruas, e quanto lixo! Me indignei com as faltas de água e de luz, com os “serviços” de atendimento ao cliente; com a violência que não para; com o cara que destrói prédios antigos; com a falta de hospital; com a política rasa; e com os picaretas sanguessugas do dinheiro público.

Foi um ano de eleições em que vi e ouvi muitas mentiras. Mentiram no sotaque e no semblante. Nunca antes se mentiu tanto na história deste País. Até inflação de 4% disseram que teve.

Também vi o que fizeram com a Petrobras e continuo vendo todos os dias. Já nem me impressiono mais com os bilhões roubados e isso começa a me assustar.

Foi um ano de escândalos nacionais, muitos escândalos, mas isso pode ser um indicativo de que as coisas estão mudando. Espero que seja isso, pois se não for não sei onde vamos parar.

Pesando tudo cuidadosamente, somando e diminuindo, multiplicando e dividindo, cheguei à média 7 numa escala de zero a dez. Foi um ano nota 7, este 2014.

Que 2015 seja nota 10!

Eldorado do Sul na Pindaíba

Considerando o investimento em propaganda da Prefeitura de Eldorado do Sul, eu pensava que o Município estava de vento em popa. No entanto, ao entrevistar o prefeito Sérgio Munhoz (PSB), soube que a realidade é bem diferente.

O Município vizinho tem sérios problemas de abastecimento de água, de mobilidade urbana, de Saúde, meio ambiente, segurança e de Educação. Mas, apesar da pindaíba, Sérgio Munhoz se diz otimista com o futuro. Tenho certeza de que menos propaganda e mais trabalho vai ajudar, prefeito.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 24/12/14.

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