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Terça-feira, 23 de abril de 2024

07/07/2014 - 09h13min

Leandro André

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Na Pedra

Nesta edição, a Gazeta Centro-Sul publica matéria com o resumo do que foi dito na Câmara de Guaíba sobre a segurança ou insegurança pública. Lideranças, professores, empresários, advogados e comunidade em geral; pessoas que se preocupam com este tema têm que ler. Ladainha não resolve, mas informação é o primeiro passo para melhorar o que não está bom.

A seguir, vou relatar algumas manifestações que considero importantes e opinar sobre elas. No encontro, pingos foram colocados em cima dos is. Na sequência, o título aí de cima fará sentido.

Autoridades da Aldeia

Eu entendo que juiz, promotor, oficial da BM, delegado, policiais e gerentes de órgãos públicos deveriam residir nos locais onde trabalham. Nestes casos, estarem integrados à comunidade faz a diferença em relação à qualidade do serviço prestado. No entanto, se não residem na aldeia onde atuam, que pelo menos se mantenham informados, que leiam os jornais locais, pois já é meio caminho andado. Agora, não residir na cidade e ainda não ler os jornais locais é inadmissível. É o fim da picada exercer um cargo público e não acompanhar a imprensa regional por arrogância, alienação, mediocridade ou medo de críticas. E acreditem, eles existem.

No Limite

Quem lê regularmente a Editoria de Polícia da Gazeta Centro-Sul sabe que as equipes da Brigada Militar e da Polícia Civil trabalham bastante na Aldeia. São valentes, dedicadas, correm atrás dos bandidos e prendem. Mas também quem acompanha as notícias de Polícia e quem vive o cotidiano de Guaíba e Região sabe que a barra está pesada. A bandidagem anda atacando como nunca.

O vereador Arilene Pereira, no alto da sua sabedoria, matou a charada sobre o que está acontecendo: BM e Civil estão trabalhando bastante, mas os efetivos estão defasados, e as estruturas, precárias. Ficou claro no encontro de terça-feira na Câmara. O cobertor é curto, muito curto.

Enrolaram os guaibenses quando prometeram qualificar os serviços de segurança pública com a vinda dos presídios. Como dizem os gaúchos: Baita trova!

A Emoção do Gardel

O investigador Leonardo Gardel estava emocionado. Queixou-se de críticas injustas e disse que não mistura problemas pessoais com profissionais. Tapa de luva nos vereadores que se queixaram de furtos e ataques em suas residências.

Lá pelas tantas, o investigador Gardel afirmou que não aceita dizerem que existe “insegurança” em Guaíba. Ouviu dos vereadores que existe, sim. É claro que existe.

O policial declarou que nunca viu uma cidade ter tantos drogados como em Guaíba, sendo que muitos fazem parte da classe média. Apontou o consumo e o tráfico de drogas como a principal causa da criminalidade no Município. Na pedra (crack), furtam e roubam para manter o vício. Botou o dedo na ferida.

O Recado do Sarrafo

Os oficiais da BM ressaltaram a importância das parcerias com os municípios para melhorar a segurança pública. Foi dito também que a BM está dividida em prédios no Centro, na Colina, no Columbia City e na Cohab, e que isso prejudica o trabalho. Estão certos novamente os comandantes, Guaíba deveria ter um quartel bem estruturado.

Ao comentar sobre esta questão do quartel, o Vereador Sarrafo lembrou que, se não fosse a Prefeitura, a BM local estaria sob uma lona, considerando que todos os prédios, inclusive a sede dos Bombeiros, foram cedidos pelo Município ou têm aluguel pago pela Prefeitura.

BM sob uma lona. Forte, essa.

Confirmaram o que disseram

Os vereadores Chacrinha e Campeão ratificaram as fortes críticas feitas na tribuna na semana anterior, ressaltando a insegurança em Guaíba. Não se intimidaram diante dos policiais. Por alguns instantes, pensei que fossem amarelar e atribuir a um mal-entendido do Jornal e tal, pois sei como a banda toca no Legislativo e no Executivo. Mas desta vez foram firmes. Estão pressionados pela população.

Policiamento Comunitário

O Vereador Xandão, que pertence ao partido do Governo do Estado, tentou atribuir a intensidade das queixas a questões partidárias. Quase se perdeu no blá-blá-blá não fosse a sua luta para trazer a Guaíba o Policiamento Comunitário. Um programa muito interessante e que, se for implantado conforme a cartilha, tem tudo para dar certo. Confira na matéria da página 7.

Para encerrar

O espaço se foi. Então, para encerrar, quero ressaltar que, no meu entendimento, segurança pública abrange vários fatores, que passam pela compreensão da sociedade sobre direitos e deveres. Envolve receptação e negligência com os filhos, entre outras questões. Mas segurança pública, amigos, tem muito, mas muito a ver com policiais nas ruas e um sistema eficaz de inteligência. E, ainda, sistema de monitoramento por câmeras não é enfeite, tem que funcionar de verdade.

Leandro André

[email protected]

Publicado em 5/7/14.

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