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Sexta-feira, 29 de mar�o de 2024

23/06/2014 - 09h07min

Leandro André

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Catando Turistas

Sabe o guri da propaganda do Nescau, que se incorpora ao sofá de tanto ficar sentado? Isso aconteceu comigo essa semana. Eu virei sofá, assistindo aos jogos da Copa do Mundo. Improvisei escritório e lancheria ao meu redor e acampei na frente da televisão.

Quando já havia me incorporado ao sofá, a Cristina, minha mulher, construiu uma estratégia para me resgatar. Entregou-me a máquina fotográfica para que eu fotografasse o “Encontro da Copa em Guaíba”.

Saí do meu ninho meio de lado, soltando espumas pelo caminho, carregando a máquina de fotografia em busca da concentração turística na Praça Gastão Leão.

Ao chegar no ponto de encontro, avistei apenas um quiruba e muitas cadeiras e mesas vazias. Fiquei ainda mais atônito com a ausência humana. Eis que, de repente, um aviso ecoa detrás do Pau Brasil. – Olha lá uma alemoa! Bem assim, “alemoa”.

Busquei a “alemoa” com olhos de gavião, até que percebi uma senhora clara caminhando próximo da Estação Hidroviária. Enquanto me deslocava em direção a ela, um grupo de danças gaúchas foi mais rápido e a cercou, tocando e cantando o xote carreirinha. Mas não me mixei. Fiz 38 fotos, pegando diversos ângulos, inclusive a partir do chão, o que exigiu que eu me deitasse na calçada. O xote carreirinha correndo solto, eu atirado no chão, fotografando, e a senhora, impressionada, numa mistura de espanto e encanto.

No final da apresentação dramática, a senhora agradeceu em português, com o rosto avermelhado. Era uma guaibense, moradora do Parque 35, que estava voltando de Porto Alegre, onde tinha ido fazer compras. Nós pensávamos que ele era uma turista alemã.

Com a escassez de turistas na Aldeia, qualquer pessoa clara ou com camiseta do Guns N’Roses tem sido saudada com músicas e danças gaúchas, muitas fotos e carreteiro de pinhão.

Por que não vieram

A expectativa de milhares de turistas vindo para Guaíba no período da Copa até o momento não se confirmou. Isso tem explicação.

Acontece que os turistas que estão chegando à Capital para assistir aos jogos no Beira-Rio estão ficando somente um ou dois dias. Chegam, assistem aos jogos e vão embora em seguida. Com isso, eles não têm tempo para os passeios mais longos, inclusive a travessia do Guaíba. Além disso, no pouco tempo que ficam na Capital, onde foi montada uma estrutura especial, curtem a Fan Fest, além de recepções em bares, passeios de barco no Cisne Branco (turistas amam passeios de barco) e de ônibus turísticos.

Guaíba fez a sua parte, se preparando para receber os turistas, mas esqueceu de divulgar lá onde eles estão. E tudo piora com as visitas rápidas.

A esperança, agora, são os argentinos, que deverão chegar aos milhares a Porto Alegre. O que me preocupa é que atravessem o Lago somente os barrabravas e terminem de arrancar o resto dos postes de iluminação que sobraram no Calçadão da Beira. Era só o que faltava!

Tenho uma sugestão para atrairmos mais turistas para Guaíba: pedir para o Seu Tovar invadir Porto Alegre com os cavalarianos da Costa Doce e isolar o Cisne Branco. Enquanto isso, os CTGs unidos fazem um corredor da frente do Mercado Público da Capital até a Estação do Catamarã. O turista entra no corredor e só pode sair dentro da Estação. É o que me ocorreu no momento.

Mudanças no Segundo Semestre

Guaíba foi crescendo do jeito que deu, com pouco, muito pouco planejamento. Isso resultou em numeração de ruas sem pé nem cabeça; dezenas de invasões de áreas públicas; loteamentos irregulares feitos a facão; e um emaranhado de leis não respeitadas.

O tempo passou e essa confusão começou a ficar insustentável. Agora, iniciam as mudanças. Ver matéria nesta edição. Vai dar chiadeira, pois não é fácil endireitar o que está torto, mas não há o que fazer, as mudanças são inevitáveis. Foi-se o tempo em que lideranças distribuíam cartões azuis para numeração das casas e doavam áreas verdes. A cidade cresceu e chegou a hora de corrigir os erros para que possa se desenvolver em harmonia. Se continuar como está, logo logo a cobra vai fumar.

Área no Entorno da Hidroviária

Na edição do dia 24 de maio, eu abordei aqui na Coluna a questão da ocupação de uma área no entorno da Estação Hidroviária, que serviu durante um tempo como depósito de areia, até 2012, com licença da Fepam. No entanto, quando a licença não foi renovada, um grupo de moradores do Centro fez abaixo-assinado, pedindo a retomada da área pelo Município, solicitando providências ao Ministério Público. Eles me enviaram cópia dos documentos e pediram divulgação.

Eu conversei com o promotor de Justiça Valter Priebe e com a secretária de Planejamento Paula Parolli. De acordo com o que me explicaram, os processos estão em andamento e fazem parte de um contexto maior de organização da Cidade, conforme matéria nesta edição. Compreendi o que está sendo feito e concordo. Como jornalista, vou continuar acompanhando este caso, pois é de grande interesse da população. Me comprometendo em repassar aos leitores as ações do poder público na medida em que forem acontecendo.

Falha dos Correios

Vocês sabiam que os Correios não entregam carta registrada nem sedex na Gazeta Centro-Sul porque os carteiros não sobem escadas? É de cair os butiás dos bolsos!

Leandro André

[email protected]

Publicado em 21/6/14.

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