03/05/2019 - 15h33min
A severa poluição na foz do Arroio Passo Fundo, na Zona Sul de Guaíba, é tema recorrente. A Gazeta Centro-Sul cobra ação efetiva das autoridades para solucionar o problema há 25 anos. O Arroio é o segundo mais poluído da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba, ficando atrás somente do Dilúvio, em Porto Alegre. Um projeto de monitoramento da água foi executado, mas ainda não teve resultados efetivos. Essa semana, a Polícia Civil do RS desencadeou uma operação em Guaíba a fim de identificar e cobrar responsabilidades, conforme está registrado nesta edição.
O mau cheiro exalado do córrego apodrecido provoca sérios transtornos à população que vive nas proximidades. Nos últimos anos, os moradores têm percebido, também, a oxidação de peças de metal dos equipamentos domésticos, o que agrava a situação.
Foram muitas reuniões entre poder público, moradores, ambientalistas e representantes da Corsan com o objetivo de encontrar solução, mas nada foi feito na prática; seguem as reclamações, as promessas, os discursos e a poluição severa.
O monitoramento da água, tão reivindicado, identificou as causas da poluição, destacando o grande volume de esgoto cloacal, resíduos industriais e de agrotóxicos, mas de nada adiantou, tendo em vista que a agressão ambiental continua.
A Operação Corrosão desencadeada pela Polícia Civil do RS, essa semana, investigou o sistema de efluentes de três empresas; os resultados estão divulgados nesta edição da Gazeta.
Além de contínua fiscalização nas indústrias e nas lavouras do entorno, é preciso tratar o esgoto que é despejado no Arroio diariamente. Ações efetivas devem ser feitas para solucionar o problema, porque as consequências negativas à população são grandes, afetando a saúde e a economia da comunidade.
A exposição do caso em abrangência estadual, como aconteceu em janeiro deste ano, mantém a questão na pauta das discussões, o que é importante para pressionar as autoridades. É preciso limpar o Arroio para que a água escoe com facilidade; tratar o esgoto e manter fiscalização atuante para evitar que resíduos tóxicos sejam despejados no Arroio, assim como os agrotóxicos utilizados nas lavouras próximas.
A Gazeta Centro-Sul segue insistindo que não adianta discorrer sobre este tema de forma passional, com excesso de teoria, discursos políticos e amadorismo. A doença já foi diagnosticada, é preciso tratá-la.
Publicado em 04/5/2019.
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