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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

23/01/2019 - 12h58min

Editorial

O Arroio Passo Fundo

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Há muitos anos a Gazeta Centro-Sul vem denunciando a severa poluição na foz do Arroio Passo Fundo, na Zona Sul de Guaíba, e cobrando ação efetiva das autoridades para solucionar o problema. O Arroio é o segundo mais poluído da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba, ficando atrás somente do Dilúvio, em Porto Alegre. Um projeto de monitoramento da água chegou a ser executado, mas não teve resultado efetivo.

O mau cheiro exalado do córrego apodrecido provoca sérios transtornos à população que vive nas proximidades, e as reclamações se intensificam nos dias quentes. Nos últimos anos, os moradores têm percebido também a oxidação de peças de metal dos equipamentos domésticos.

Já foram realizadas diversas reuniões com representantes dos moradores do entorno, ambientalistas, servidores da Corsan e autoridades, visando buscar uma solução urgente para o problema. Destes encontros, várias promessas foram feitas e nenhuma solução prática para despoluir o Arroio se concretizou.


O monitoramento da água identificou as causas da poluição, destacando o grande volume de esgoto cloacal, resíduos industriais e de agrotóxicos, mas de nada adiantou, tendo em vista que o problema continua sem solução.

Essa semana, equipes de reportagens da Imprensa do Estado estiveram em Guaíba para registrar a poluição severa do Arroio Passo Fundo e suas consequências negativas à população, tanto de saúde pública, considerando o mau cheiro insuportável, que causa náuseas, quanto econômico, com a corrosão de equipamentos eletrônicos. A exposição em abrangência estadual traz a questão novamente à pauta, o que é importante para pressionar as autoridades a resolverem o problema. No entanto, o que precisa ser feito são ações práticas de limpeza para que a água não fique parada, o esgoto seja tratado, e empresas que descartam seus resíduos no Arroio, assim como produtores rurais que usam agrotóxicos nas lavouras, sejam fiscalizados, e quem estiver irregular que seja responsabilizado.


Não adianta tratar do tema com emoção, excesso de teoria ou amadorismo. A doença já foi diagnosticada, agora é preciso executar o tratamento.


O poder público precisa parar de se reunir com os moradores apenas para prometer soluções e empurrar o problema com a barriga e começar a agir.

Publicado em 19/1/2019.


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