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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

17/12/2019 - 09h32min

Daniel Andriotti

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Funk-se quem puder

Há 15 dias nove jovens morreram pisoteados e outros 20 ficaram feridos num tumulto ocorrido num baile funk na segunda maior favela de São Paulo. As autoridades dizem que sim, a comunidade garante que não, mas ao que tudo indica, dois criminosos em fuga, numa moto, invadiram o local e a polícia que os perseguiam fez o mesmo. Longe de legitimar a atuação policial, é lógico que isso não poderia terminar bem num território que reunia cinco mil pessoas sem áreas de escape.

Embora boa parte da mídia do centro do país tenha imediatamente identificado o culpado – taxativamente, a polícia – sempre penso que é preciso ter uma visão macro e periférica da situação. Não acho que a polícia seja inocente. Longe disso. Assim como todos que frequentam um ‘proibidão’ sabem os riscos que estão correndo. Mas compreendo que, por mais que um baile funk seja um baile funk, também conhecido como “fluxo”, essa é – senão a única – a mais acessível opção de divertimento da maioria daquelas pessoas majoritariamente negras e pobres. O problema é o limite...

Este fenômeno poderia ser um prato cheio para entender a juventude brasileira, o capitalismo recente, ou esse novo Brasil que embaralhou as classes sociais e deixou os especialistas com dificuldade de explicá-lo. O fato é que os bailes acontecem nas ruas, não tem hora para acabar, reúnem uma multidão, toneladas de lixo e o volume do som se tornou um problema para as comunidades porque a porta da casa de muita gente virou balada.

Cultura ou lixo, o funk possui raízes profundas. Mesmo com letras recheadas de palavrões, de apologia ao sexo, ao tráfico de drogas e à violência, a verdade é que os pancadões não vão acabar. Até porque a situação simboliza e identifica o jovem da periferia em plena fase de formação sócio-cultural.

Além de beijar, urinar, exibir armas e fazer sexo na rua e na frente de todos, falta algo muito importante no que se entende por diversão a céu aberto como é o caso da maioria dos bailes funks das periferias cariocas e paulistas e que as reportagens ignoram: qual a participação do alto consumo de drogas ilícitas nesses ambientes, preponderante no comportamento dos frequentadores? E quem fornece? Quem financia? E isso vale tanto para os pancadões de periferia quanto para os chamados ‘playboys’ da classe média-alta, como as ‘raves’, por exemplo. E isso, na minha opinião, é o que tem sido esquecido quando se condena a atuação da polícia.




O Campeonato Brasileiro do Flamengo em 2019 foi algo incrível. A equipe teve um aproveitamento de 80,6%!!! É o melhor aproveitamento em 43 anos de campeonatos brasileiros, perdendo apenas para o Sport Club Internacional, Campeão em 1976 com aproveitamento de 84,1%. O Flamengo atual tem um saldo de gols também notável: 1,3 por jogo. O Inter de 1976 encerrou a competição com um majestoso e inigualável saldo de 2 tentos por jogo.

Mais uma vez, parabéns ao Flamengo de 2019. Chegou quase perto do Internacional de 1976...

Daniel Andriotti

[email protected]

Publicado em 14/12/2019.

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